PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – A prefeitura de Porto Alegre considera construir uma megaestrutura provisória para abrigar as pessoas que perderam suas casas por conta das chuvas e enchentes que inundaram vários bairros da capital.
A ideia é que essa estrutura seja erguida no Porto Seco, complexo cultural onde ocorrem os desfiles de Carnaval na cidade. Hoje, o local acolhe centenas de desabrigados nos barracões das escolas de samba.
Porto Alegre tem atualmente 14 mil pessoas abrigadas, a maior parte moradores de bairros da zona norte como Sarandi, Humaitá e Navegantes, além da região das ilhas, a mais afetada de todas, que tem cota de inundação 80 cm menor do que o resto da cidade.
São 157 abrigos em funcionamento na capita gaúcha, mas essas estruturas não são permanentes, funcionando em escolas, ginásios, universidades, salões paroquiais e outros edifícios públicos e privados.
Em todo o estado, 76 mil pessoas estavam em abrigos no início da tarde desta terça (14), segundo o o boletim mais recente da Defesa Civil. Além disso, há 538 mil pessoas desalojadas -que tiveram que deixar suas casas, mas não precisam de abrigos públicos.
Como muitas pessoas não têm condições de voltar para suas residências antigas, se busca uma solução temporária para o problema habitacional sem precedentes trazido pela cheia do lago Guaíba.
De acordo com a prefeitura, o assunto ainda está sendo tratado internamente, e mais informações serão divulgadas no futuro.
Também não há informações se essa estrutura acolheria também moradores de Eldorado do Sul, na região metropolitana, que teve quase 100% de sua área alagada. Muitos moradores da cidade foram resgatados e encaminhados a Porto Alegre.
CARLOS VILLELA / Folhapress