RECIFE, PE (FOLHAPRESS) – A sede do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba foi atacada na madrugada de sexta-feira (30), em João Pessoa. Os invasores destruíram o espaço.
Esse foi o terceiro ato criminoso contra o prédio em um intervalo de três semanas.
A Polícia Civil apura o caso. A corporação diz que “há semelhanças com furtos e invasões cometidos por usuários de drogas, mas é preciso aguardar o desfecho das investigações”.
A sede do sindicato fica no bairro do Varadouro, na área central da capital paraibana.
Após arrombarem o espaço, os criminosos quebraram objetos e furtaram equipamentos e itens. Documentos foram destruídos.
O presidente do sindicato, Land Seixas, classificou a ocorrência como uma “cena de guerra” e disse que aguarda a investigação policial.
Ele estima um prejuízo de até R$ 80 mil para o sindicato. “Não temos como receber os jornalistas porque não tem nada, quebraram tudo e levaram tudo, cadeiras do auditório, luminárias, aparelhos de eletricidade, caixas de som, ar-condicionado, tudo o que se imaginar.”
Seixas diz que o centro da cidade tem problemas de insegurança e reclama da falta de policiamento na área próxima ao sindicato. “O centro de João Pessoa está sendo abandonado pelos gestores. Ou seja, o que tem de benefício para a população do centro está sendo retirado. Ninguém vê soldado, viatura e nada”, afirma.
A Polícia Militar foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até a publicação deste texto.
O perfil do sindicato no Instagram divulgou nota sobre casos anteriores de ataque ao prédio.
Na terça (27), a sede foi arrombada e roubada, de acordo com o sindicato. Os criminosos quebraram paredes e uma porta de vidro e danificaram computador, caixa de som, fios de cobre e máquinas de energia.
“Além desse prejuízo, as poltronas foram deixadas de ponta cabeça, as paredes que sustentam as portas estão destruídas. Mas o maior prejuízo foi a perda dos documentos que estão inseridos nos programas do computador”, disse Land na nota referente à invasão do dia 27 de julho.
Há duas semanas, o dirigente sindical já havia feito um boletim de ocorrência após bandidos levarem fios de cobre dos ares-condicionados.
JOSÉ MATHEUS SANTOS / Folhapress