SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O prefeito de Canoas (RS) afirmou que a cidade, uma das mais afetadas pelas chuvas na região, precisa de doações de alimentos e cobertores para auxiliar desabrigados e desalojados.
Comida será destinada a abrigos e às famílias que não perderam casa, mas recebem parentes desabrigados. Em algumas residências não afetadas pelas chuvas, o número de pessoas quadruplicou, informou Jairo Jorge (PSD). Ele falou sobre o assunto nesta sexta-feira (10) ao canal Globonews.
Prefeito também pediu cobertores. Ele afirmou que as temperaturas vão baixar severamente na região e que não há cobertas suficientes para desabrigados. Uma mudança brusca de temperatura deve ser registrada na segunda-feira (13), quando as mínimas vão se aproximar dos 9ºC, segundo o Climatempo.
Água levará até dois meses para baixar na região. Isso ocorre porque algumas comportas da cidade, que foram ultrapassadas pela inundação, diminuem a velocidade da evasão da água.
Sete pessoas morreram até o momento por causa das chuvas em Canoas. Somente uma delas, Marlene Murlik, foi identificada. A informação é do boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã da sexta-feira (9).
Município de 348 mil habitantes tem 155 mil afetados pela chuva. Segundo o prefeito, 50 mil casas foram danificadas, 21 mil pessoas estão alocadas em centros de abrigamento e outras 90 mil estão em casas de amigos ou parentes.
“Hoje a nossa demanda é por cestas básicas. Estamos precisando urgente. As pessoas estão com fome. O que acontece? Metade da cidade evacuou, saiu dali e foi para o outro lado da cidade. Então uma pessoa que tinha cinco integrantes na família hoje tem 20, tem 15. Não tem despensa para isso”, disse Jairo Jorge, prefeito de Canoas (RS), à Globonews.
CHUVAS DEIXARAM MAIS DE 100 MORTOS NO RIO GRANDE DO SUL
Há 113 óbitos e 756 feridos no estado, segundo a Defesa Civil. O órgão ainda investiga se uma morte registrada durante o período das chuvas tem relação com as enchentes.
Desalojados e desabrigados somam mais de 400 mil. Há 337.116 pessoas fora de casa e outras 69.617 em abrigos, segundo boletim divulgado pelo governo.
Dos 497 municípios do estado, 435 foram afetados pelas chuvas, que atingem 1,9 milhão de pessoas. Há pelo menos 163 mil casas sem energia elétrica e outras 385 mil pessoas sem água em casa.
Redação / Folhapress