SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (20) que a cidade terá que trocar todos os portões de contenções contra enchentes.
Ele também estimou em R$ 5 bilhões o custo para fortalecer o sistema municipal contra chuvas.
Melo disse que a prioridade atual de sua gestão é a limpeza da capital gaúcha e a melhoria dos abrigos -onde ainda estão milhares de pessoas que tiveram de deixar suas casas devido às chuvas.
“Vamos trabalhar muito para limpar a cidade”, afirmou ele. “Tem sido dias difíceis, mas a esperança não pode faltar especialmente neste momento.”
Ele afirmou que ainda há pontos da cidade, como os bairros de Sarandi e Quatro Distrito, que estão passando por limpeza.
“Primeiro, vou ter de trocar todos os protões de contenção do Muro da Mauá [parte da protação contra enchentes da cidade]. Segundo, um laudo profundo sobre a questão do Muro da Mauá, é necessário avaliar a extensão do estrago”, afirmou ele que citou ainda que três diques -no bairro Sarandi, ao lado da Arena do Grêmio e outro junto à Usina do Gasômetro- precisam ser revisados rapidamente, assim como as casas de bomba.
Questionado sobre possíveis falha na prevenção das chuvas, ele disse que o problema afetou diversas cidades gaúchas, não apenas a capital.
“Houve falha em todo o Rio Grande [do Sul]. A quantidade de água que chegou. O mundaréu de água que caiu dos quatro rios. O Sarandi foi alagado, o Ponta Grossa, o Lami e o Belém Novo também. O dique vai até o Cristal. Vou revisitar tudo, naquilo que couber no meu mandato.”
Além disso, também afirmou que todas as casas de bombas foram construídas em uma cota de enchente que não corresponde ao volume de água que a cidade registrou. “Tem o quadro elétrico em cima. A água bate no quadro elétrico e ele colapsou. Somente agora nós isolamos, limpamos a água e fizemos uma linha direta da CEEE [concessionária de energia].”
Ele estima ainda que o sistema de melhoria em Porto Alegre terá com um custo inicial de R$ 5 bilhões. “Cada casa de bomba dessa é R$ 30 milhões. É um processo que temos de enfrentar.”
Redação / Folhapress