SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo confirmou a ocorrência de quatro mortes de motociclistas em áreas de faixa azul de duas avenidas da cidade. Foram três casos na Bandeirantes e um na 23 de Maio, ambos na zona sul da cidade. Os óbitos aconteceram entre dezembro do ano passado e abril deste ano.
Segundo o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), as circunstância das quatro mortes estão sendo apuradas. A informação foi confirmada por ele durante a inauguração de mais 8,1 km de faixa azul, chegando a 98,2 km na cidade.
As novas áreas com sinalização ficam nos corredores Washington Luís e Santos Dumont, na rua Santa Eulália, na zona norte, e no túnel Ayrton Senna (sentido bairro), na zona sul.
Segundo o prefeito, a faixa ajuda na redução de mortes, desde que haja respeito a regras de segurança e habilitação para o trânsito. “Essas áreas, Bandeirantes e 23 [de Maio], eram as áreas que tinham o maior número de óbitos com motociclistas.”
Das quatro vítimas, de acordo com Nunes, uma não tinha habilitação, outra fugia da polícia após cometer um roubo e uma terceira estaria embriagada. As mortes ainda estão sendo investigadas pela polícia, disse o prefeito.
O número de mortes envolvendo motocicletas na cidade de São Paulo aumentou 25% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 108 vítimas nos três primeiros meses deste ano, contra 86 de janeiro a março de 2023, segundo os dados mais recentes do Infosiga, sistema de monitoramento da letalidade no trânsito do governo estadual.
O aumento ocorreu mesmo após a expansão das faixas azuis exclusivas para motociclistas, principal aposta da gestão Ricardo Nunes para reduzir o número de mortes no trânsito.
Em janeiro do ano passado, a gestão anunciou o objetivo de implantar mais 220 km de faixa azul para motociclistas na cidade, após um ano sem mortes no trecho instalado na avenida 23 de Maio, na zona sul de SP. Nos três anos anteriores, de 2019 a 2021, haviam sido registradas 12 mortes no local.
Redação / Folhapress