SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Smart Sampa, programa da Prefeitura de São Paulo de monitoramento por vídeo com reconhecimento facial, pode ser usado em parceria com a Polícia Federal. Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o programa está “à disposição para eles poderem utilizar nas suas atividades”.
A intenção foi anunciada durante uma visita dos integrantes da PF à central de operação do Smart Sampa, na região central da capital, na manhã desta segunda-feira (2).
Segundo os representantes da polícia, que elogiaram a iniciativa, a visita serviu para conhecer o funcionamento do programa, mas não há cronograma e ainda deve haver outras reuniões para discutir convênios.
“Viemos aqui várias demonstrações de utilidades do sistema, é excepcional. O próximo passo, agora, é a gente conversar para verificar a utilidade dele e eventualmente um convênio para que possamos usar, para que possamos colaborar e para que a prefeitura também possa colaborar com o trabalho da Polícia Federal”, disse o superintendente regional da PF, o delegado Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho.
A PF, segundo o agente, usa outros sistemas de reconhecimento facial. Prefeitura e polícia também poderiam discutir parcerias para uso do Smart Sampa em aeroportos, por exemplo.
Questionado, Sanfurgo não respondeu se a busca por integração com o Smart Sampa foi uma orientação do governo federal ou iniciativa da própria superintendência em São Paulo. “Quanto mais os órgãos, não só os que atuam no combate ao crime organizado e na segurança pública, e as prefeituras agirem de forma integrada, é melhor para a sociedade.”
Em operação há pouco mais de seis meses -desconsiderado o período de implementação-, o programa é uma das principais bandeiras de segurança pública da gestão Ricardo Nunes, que tem divulgado o número de prisões feitas a partir do reconhecimento facial. Até a manhã desta segunda, a prefeitura contava 1.213 prisões de foragidos e outras 2.470 em flagrante, além da localização de 65 desaparecidos.
As principais críticas ao Smart Sampa são sobre a transparência, como a falta de divulgação de eventuais erros de reconhecimento. Segundo a prefeitura, um relatório deve ser publicado até 16 de junho, como mostrou o Painel.
Redação / Folhapress
