Prerrogativas critica decisão do governo Lula de silenciar sobre golpe de 64

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O grupo jurídico Prerrogativas, que é próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgou nota criticando a determinação do governo federal de não realizar eventos alusivos aos 60 anos do golpe de 1964.

“A determinação de silenciar diante do golpe militar de 1964 é inadmissível. Contraria nossa história e ofende a luta e a memória de tantos e tantas em defesa da democracia”, diz a nota assinada pelo coordenador do colegiado, Marco Aurélio de Carvalho.

Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, Lula ordenou o cancelamento de solenidades e eventos previstos para marcar a efeméride. O intuito é não melindrar as Forças Armadas num momento em que cresce a tensão com a revelação da participação de militares em uma trama golpista no final do governo Jair Bolsonaro (PL).

O Prerrogativas diz que lembrar do golpe é importante tendo em vista os fatos que vêm sendo revelados pela investigação da Polícia Federal contra Bolsonaro e aliados.

“Há poucos anos do golpe contra a presidenta Dilma e da intentona bolsonarista de 8 de janeiro de 2023, ignorar o passado favorece o recrudescimento de novos retrocessos, como é o caso da campanha para perdoar o inominável e seus cúmplices”, diz a nota, que também convoca para o ato em defesa da democracia que ocorrerá em 23 de março no largo de São Francisco, em São Paulo.

O Prerrogativas defende a prisão de Bolsonaro e do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, por ter se mostrado disposto a colaborar numa tentativa de ruptura democrática que impedisse a posse de Lula.

O grupo também divulgou se manifestou criticando o Clube Militar do Rio de Janeiro por pretender celebrar o aniversário do golpe.

“O Prerrogativas manifesta seu repúdio veemente ao Clube Militar por ter a ousadia e o cinismo de comemorar o golpe militar de 1964, que decretou a ditadura civil-militar que governou o Brasil por mais de duas décadas e o mergulhou no obscurantismo”.

FÁBIO ZANINI / Folhapress

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