SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A mulher de 57 anos presa por extorquir financeiramente um padre para não divulgar suposto vídeo de pedofilia, em Arapiraca (AL), também chantageou um médico para obter vantagens financeiras
Médico procurou a Polícia Civil de Alagoas para denunciar a mulher após a prisão dela, realizada na quinta-feira (27). O profissional de saúde, que não teve a identidade divulgada, foi ouvido na Delegacia de Arapiraca, mas detalhes do depoimento dele não foram divulgados. A polícia não revelou há quanto tempo o médico era chantageado, nem se chegou a pagar algum valor à mulher.
Mulher chantageava o padre desde 2022. Segundo o delegado Edberg Oliveira, a suspeita ameaçava o sacerdote ao dizer que divulgaria um suposto vídeo dele mantendo relações sexuais com um adolescente.
Padre negou que tenha mantido relações com adolescente, mas admitiu ter dado R$ 78,5 mil à mulher. O sacerdote alegou que ficou com medo da divulgação e o que a repercussão poderia causar a ele, por esse motivo pagou o valor exigido pela suspeita.
“O vídeo teria atos de pedofilia praticados pelo padre”, destacou o delegado. “Ele afirma que só pagou o valor porque ficou com receio da divulgação e a má repercussão que isso poderia trazer à sua imagem, mas disse que nunca esteve envolvido em tais abusos”, acrescentou Edberg Oliveira.
Além da prisão preventiva, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa da mulher. Foram recolhidos dispositivos eletrônicos para serem periciados com o intuito de localizar o suposto vídeo do padre.
Caso o vídeo de pedofilia seja comprovado, o padre poderá ser indiciado, explicou Oliveira. O delegado declarou que, após a perícia, se ficar comprovada “a existência ou não desse tal vídeo, será instaurado inquérito para apurar as circunstâncias e autoria desse crime”.
A mulher foi encaminhada para a delegacia de Arapiraca e está à disposição da Justiça. Como ela, o padre e o médico não tiveram os nomes divulgados e não foi possível localizar suas defesas para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
Redação / Folhapress