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Presidente da Alesp propõe reajuste acima da inflação a funcionários do Legislativo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Enquanto busca viabilizar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes em 2026, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), propôs aumentar os salários e gratificações dos funcionários do Legislativo em valores acima da inflação e do reajuste concedido ao funcionalismo público do estado.

Presidida por André, a Mesa Diretora publicou, na terça-feira (10), um projeto de lei complementar para elevar em 7% os salários dos servidores da Alesp, assim como as gratificações a eles -uma espécie de bônus pelo desempenho. A proposta inclui pagar, de forma retroativa, os valores desde 1º de março deste ano.

O percentual é superior aos 5,32% de inflação no acumulados nos últimos 12 meses do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial de inflação do governo federal. Segundo a Mesa Diretora, a verba para o aumento virá do orçamento da própria Assembleia, que é de R$ 1,4 bilhão.

Em nota, a Alesp afirmou que a proposta “garante a reposição da inflação para o funcionalismo público, conforme acordado em negociação com o sindicato da categoria”.

No mês passado, a Assembleia aprovou aumento inferior, de 5%, aos servidores do estado, incluindo policiais e profissionais da área de educação.

Inicialmente, tramitava na Casa uma proposta para ampliar em 9,67% os salários do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de seus secretários, mas o percentual foi reduzido a pedido do próprio Palácio dos Bandeirantes, segundo apurou a Folha, para manter o mesmo índice concedido ao funcionalismo público paulista, que reclamava do reajuste abaixo da inflação, e evitar desgastes políticos para o governo.

O reajuste aos funcionários da Alesp foi proposto pela presidência apenas um ano após a Assembleia ter aumentado em 6,59% os salários dos servidores. No projeto sobre o novo aumento, a Mesa Diretora argumenta que visa garantir maior “clareza e segurança jurídica”, além de “reconhecer e valorizar o desempenho dos servidores”.

A proposta também inclui uma nova gratificação aos servidores lotados na Divisão de Atendimento de Saúde ao Servidor, com o valor mensal de R$ 7.704. O texto prevê que o benefício só pode ser concedido a, no máximo, quatro servidores e diz que foi proposto “em razão da sua complexidade e relevância, bem como da ampla responsabilidade perante os órgãos fiscalizadores das profissões regulamentadas dos servidores que estão lotados naquela divisão”.

Internamente, funcionários ouvidos pela reportagem entendem que a proposta é um aceno de André do Prado aos servidores do Legislativo enquanto busca se viabilizar candidato a vice de Tarcísio, ou mesmo a governador, em 2026, caso o chefe do Executivo se candidate à Presidência.

Tarcísio, no entanto, coloca-se como pré-candidato à reeleição em meio à indefinição sobre quem será o nome da direita para o Palácio do Planalto diante da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL).

André estrelou a propaganda partidária do PL, veiculada na TV aberta desde o mês passado, ao lado de Tarcísio, que nem sequer é filiado ao partido. No vídeo, o deputado enumera diversas ações do governo estadual e diz que São Paulo tem avançado “porque o PL faz a diferença”. A presença do governador na peça foi vista pelo seu entorno como um indício do apoio dele ao nome de André para qualquer cenário em 2026.

O projeto do aumento aos servidores será analisado e votado pelos deputados da Alesp. Caso seja aprovado, seguirá para sanção do governador.

JULIANA ARREGUY / Folhapress

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