SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, disse entender a gravidade da situação no estado, especialmente na capital paulista, e afirmou estar “acelerando” o processo de indenização aos clientes que sofreram prejuízos após ficarem dias sem energia elétrica. Segundo Lencastre, os pedidos de ressarcimento serão avaliados “caso a caso”.
‘A gente sabe que isso não é o normal’, disse o presidente da Enel. Em entrevista à GloboNews, Guilherme Lencastre afirmou que a empresa é “sensível” à situação dos consumidores e que, embora a tempestade de sexta-feira (11) tenha sido um evento extremo, “não quero usar isso para isentar a gente de responsabilidade”. “A gente não deseja isso para ninguém”, declarou.
Consumidores ainda sem luz são a ‘maior prioridade’, completou. “Aqueles clientes que ainda estão sem energia, que a gente identifica por algum motivo que tiveram reincidência [de queda de luz] ou que ficaram mais tempo sem energia, a gente já está indo com o gerador. Porque se a gente não conseguir fazer a reconexão, a gente já bota o gerador antes de fazer a regularização”, explicou Lencastre.
Ele pediu que os clientes registrem os pedidos de ressarcimento. “A gente pede que eles [consumidores] utilizem os nossos canais de comunicação, façam o requerimento. E aí a gente vai tratar caso a caso, porque a gente precisa identificar o cliente, saber o que aconteceu e fazer análise. Isso também toma tempo, e a gente precisa fazer”, acrescentou o presidente da Enel SP.
Lencastre reforçou que a situação agora é ‘de normalidade’. Ele afirmou, porém, que a empresa está “muito preocupada” com as chuvas previstas para os próximos dias e que vai manter o efetivo “muito acima do necessário”. “Quando a gente sair dessa prioridade [nova tempestade], a próxima vai ser em relação a esse assunto que a gente acabou de falar”, concluiu, fazendo referência às indenizações.
FALTA DE PESSOAL
Presidente diz que Enel está contratando novos funcionários. O plano, de acordo com Guilherme Lencastre, é contratar 1.200 eletricistas até março de 2025. “A gente tem, inclusive, treinado eletricistas em parceria com o Senai, porque a gente não encontra eletricistas prontos, com a qualificação necessária, no mercado”, explicou.
Enel só tinha 30 equipes na rua no dia do apagão, segundo prefeito. A declaração de Ricardo Nunes (MDB) foi feita na quinta-feira (17). A concessionária, por sua vez, divulgou ter colocado 800 equipes na rua. “Só não tenho como comprovar [a informação sobre o número de equipes]. Por isso, vou colocar câmeras nas garagens, para pegar as placas”, declarou o prefeito de São Paulo.
“A gente tem uma série de linhas de atuação para aumentar o efetivo, para fazer investimento, para colocar mais tecnologia na rede. Então, a gente está realmente discutindo, nós temos uma série de ações acontecendo. Agora, é importante dizer que o evento que aconteceu é um evento de uma natureza extrema e fora da realidade de qualquer distribuidora”, disse Guilherme Lencastre, presidente da Enel SP, à GloboNews.
Redação / Folhapress