SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O policial rodoviário federal que atirou na cabeça de uma jovem em Duque de Caxias, na terça-feira (24), deitou no chão após o incidente e começou a se debater. A afirmação é de Deyse Rangel, mãe da vítima, em entrevista ao jornal O Globo na frente ao hospital em que a filha está internada.
Após perceber que a filha havia sido baleada, Deyse foi até o policial. “Eu gritei para ele: ‘Você matou minha filha’. Ele colocou a mão na cabeça, deitou de bruços e ficou batendo no chão, vendo a besteira que ele fez”, disse.
Deyse e a família estavam indo passar o Natal na casa de outra filha dela, em Itaipu, Niterói. “Quando a gente conseguiu parar o carro, a gente teve que ficar abaixado. Falei: ‘Aqui é família’. Ele [o policial que atirou contra Juliana] falou: ‘Vocês que estão mandando tiro na gente’. Meu Deus, que tiro?”, lembra.
Juliana Leite Rangel levou o tiro durante uma operação da PRF na rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias. “Já foram metendo bala em cima do meu carro”, disse o pai da jovem, Alexandre Silva Rangel, 53, em um vídeo que circula nas redes sociais.
Os policiais confirmaram que fizeram os disparos, segundo a Globonews. Em nota, a PRF lamentou o episódio e informa que “acompanha a situação e presta assistência à família da jovem” e que colabora com as investigações.
Os policiais foram afastados pela corporação. A informação foi confirmada hoje pela PRF, que não informou, no entanto, quantos são os agentes afastados.
Redação / Folhapress