SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Imagine correr uma distância de mais de 25 km com celular, câmera e, pior, sem saber nada do caminho. Foi isso o que fez o profissional de educação física carioca Pedro Paulo de Mendonça Silva, 32, que foi do estádio do Corinthians, na zona leste, até o do Palmeiras, na Barra Funda, na zona oeste da cidade.
O resultado do percurso acabou viralizando. “Me perdi muito, mas me amarrei. Correr é bom demais”, diz ele na publicação.
Ele começa na região de Itaquera e vai passando por várias estações de metrô. Ao pedir informações na rua, muitas pessoas o aconselham a pegar o trem ou um ônibus devido à distância, mas ele afirma que prefere ir correndo.
Outro detalhe que chamou a atenção dos internautas foi o fato de Pedro fazer todo o trajeto com uma câmera e um celular nas mãos. “Que desespero ver ele com celular na mão na estação da Luz”, disse um seguidor.
Em entrevista ao site F5, Pedro Paulo diz que o trajeto em si durou cerca de 2h40 e que, apesar dos riscos, não se sentiu amedrontado. “Nunca fui bom em julgar riscos. Passei por potenciais perrengues, regiões mais perigosas da cidade, mas também passo por isso no Rio de Janeiro. Aliás, uma das ruas que percorro tem a alcunha de ‘Faixa e Gaza'”, comenta o carioca.
Internautas gostaram do vídeo e alertaram sobre os riscos que ele poderia ter corrido. “Ele é completamente maluco, mas eu amo os vídeos dele”, opinou um. “Esse dá trabalho para o anjo da guarda. O cara não tem noção de como Itaquera é perigoso”, escreveu outro.
Como essa era a primeira vez que ele pisava em São Paulo, diz que não tinha ideia de onde estava nem das condições das pistas. Só queria cumprir o desafio de chegar ao destino.
“Sempre achava que estava tudo bem. Passei por regiões e praças com muitos moradores de rua. Gera apreensão, mas não me senti ameaçado. Faria de novo”, diz ele, que reforça que a câmera na mão era pequena.
Vídeos desse tipo são comuns no Instagram do influenciador com mais de 370 mil seguidores. Ele foi de Itaipava até Petrópolis, no Rio; do Maracanã até ao aeroporto Santos Dumont; e do aeroporto de Congonhas até o Parque Ibirapuera, em São Paulo. “Prefiro correr na rua do que na esteira”, afirma.
LEONARDO VOLPATO / Folhapress
