Professores da rede municipal de SP aprovam paralisação na quarta-feira (2)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os professores da rede municipal de São Paulo aprovaram uma paralisação na próxima quarta-feira (2). Eles reivindicam que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) negocie o pedido de reajuste salarial e mudanças nas regras previdenciárias do município.

A paralisação foi aprovada em assembleia da Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo) na quinta-feira (27). Os servidores decidiram que, além da paralisação das atividades, vão fazer também um ato em frente à prefeitura, no Viaduto do Chá, às 10h de quarta-feira.

A categoria pede o reajuste linear de 12,9%, a elevação do piso de todos os profissionais da educação (não apenas dos professores), com a incorporação dos valores à carreira, e o fim do confisco de 14% das aposentadorias e pensões.

“Depois de receber nossas reivindicações, queremos saber o que o prefeito efetivamente fará com elas e que respostas já tem para nos dar. Não calaremos enquanto nossos pedidos não forem atendidos”, afirma a professora Margarida Prado Genofre, vice-presidente da Aprofem.

Procurada, a Secretaria Municipal de Educação não respondeu até a publicação.

REDE ESTADUAL PAULISTA

Os professores da rede estadual aprovaram greve a partir de 25 de abril para pressionar o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) a contratar mais profissionais efetivos, aumentar o piso salarial da categoria e apresentar um plano de climatização para as escolas.

Entre as reivindicações da categoria está a contratação de mais professores efetivos. Conforme mostrou a Folha, o Ministério Público ingressou com duas ações civis públicas nesta semana para obrigar o governo Tarcísio a recompor o quadro de profissionais da educação.

A categoria também pede que o governo de São Paulo passe a cumprir o Piso Nacional Salarial dos Professores —hoje, os docentes recebem uma bonificação para alcançar o mínimo estabelecido pelo governo federal, ou seja, os valores não são incorporados para cálculo de férias e aposentadoria, por exemplo.

Pedem ainda que a gestão Tarcísio apresente um plano para a climatização das escolas estaduais. Conforme mostrou a Folha, a rede estadual de São Paulo tem o menor percentual de salas climatizadas do país, apenas 2,7% delas, segundo dados do Censo Escolar de 2023.

Segundo a Secretaria de Educação, porém, são 750 escolas climatizadas atualmente no estado, o que representa 13% da rede.

ISABELA PALHARES / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS