Projéteis de fuzil atingem casas próximas a estande de tiros usado pelo Exército em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Comando Militar do Sudeste abriu uma sindicância para apurar como projéteis de fuzil foram parar em casas próximas a um estande de tiros civil usado pelo Exército em Itu (a cerca de 100 km de São Paulo). Os disparos foram feitos no último dia 24 de setembro.

Segundo o Exército, no local ocorreu um treinamento de tropa, com disparos reais. O estande fica a cerca de 2 km do bairro Potiguara, onde projéteis foram achados por civis.

Em nota, o Comando Militar do Sudeste disse não ter recebido relatos de vítimas nem de danos causados pelos projéteis encontrados.

Em um grupo de WhatsApp de moradores do bairro, porém, pessoas que vivem no local compartilharam a foto de uma marca, supostamente de tiro, em um portão. Também havia outro projétil no chão.

“Ao ter conhecimento da informação de que foram encontrados projéteis na região vizinha à área de treinamento, a atividade foi suspensa e foi determinada a abertura de sindicância para apurar as circunstâncias do fato”, afirmou o Exército em trecho da nota.

A comerciante Juliana Ferreira Ribeiro de Almeida disse ter ouvido um barulho no quintal e percebeu a cachorra correndo para a garagem. Quando abriu a porta, viu o animal cheirando o projétil em frente a sua porta.

“É comum ouvir barulhos de tiros aqui, mas nunca uma bala de fuzil veio parar na minha casa”, afirmou.

Ela disse acreditar que a “bala perdida” caiu no quintal e “correu para a garagem”

Segundo a comerciante, vizinhos relataram que oito projéteis foram encontrados no bairro e recolhidos pelo Exército no dia seguinte.

A mulher, que disse morar em frente a uma escola, relatou que os disparados ocorreram pouco antes das 17h, perto do horário de saída das crianças do colégio. “Graças a Deus não aconteceu nada pior.”

Moradores do bairro foram convocados pela investigação a prestar depoimento no Exército em Itu.

Procurada, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) não respondeu se a polícia também investiga o caso.

FÁBIO PESCARINI / Folhapress

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