SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um promotor de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul foi baleado durante uma emboscada enquanto chegava de carro em casa, na noite desta quinta-feira (17), na cidade de Teutônia, a 108 quilômetros de Porto Alegre.
O promotor de Justiça Jair João Franz havia saído de um jogo de futebol e estava chegando em casa quando, ao abrir o portão, foi surpreendido por um sujeito armado, que saiu de uma mata nas proximidades, e disparou diversos tiros.
Para tentar escapar das balas, o promotor chegou a acelerar o carro e forçou sua entrada na residência, segundo declarou à reportagem o delegado José Romaci Reis.
O suspeito, porém, disparou várias vezes novamente e um dos tiros acabou acertando o promotor no abdômen.
“Ele chegou a ser internado em um hospital no município de Estrela, mas já está bem, em casa”, declarou o delegado, frisando que Franz não corre risco de morte.
O suspeito conseguiu fugir. Ele é procurado pela polícia, que agora trabalha para esclarecer a motivação do crime.
MPRS MOBILIZA FORÇAS DE SEGURANÇA
O CNPG (Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça do Ministério Público dos Estados e da União), repudiou, em nota encaminhada à imprensa, o que chamou de “atentado” contra o promotor, considerando-o uma “agressão ao Estado Democrático de Direito e às instituições republicanas”.
“O Ministério Público brasileiro não se quedará às tentativas de abalar seus alicerces institucionais e constitucionais, tão pouco se intimidará, prosseguindo com firmeza no combate à criminalidade organizada e aos que insistem em tentar enfraquecer a sua atuação”, escreveu o Conselho.
O MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) ressaltou, em um comunicado, que todos os órgãos de segurança pública do Estado estão mobilizados e acompanham o caso.
“Não há informações sobre a motivação do crime. O Ministério Público seguirá cobrando com veemência a resolução do fato e a responsabilização dos envolvidos”, informou o MPRS.
A Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul declarou, em nota, que um ato cometido contra um membro do MPRS atenta contra todos os gaúchos e contra o Estado de Direito. E afirma que um atentado contra quem assume a linha de frente no combate à criminalidade não pode e não será naturalizado.
“[O crime] terá uma resposta pronta e enérgica das forças de segurança. Não há alternativa senão a da aplicação firme da lei e todas as autoridades estão trabalhando para a pronta elucidação dos fatos”, declara a Associação.
Redação / Folhapress