Promotoria arquiva caso de PMs queimando cruz e fazendo gesto parecido com o de grupos nazistas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério Público de São Paulo decidiu arquivar as ações contra um batalhão da Polícia Militar. O caso surgiu após a publicação de um vídeo em que policiais de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, aparecem em frente a uma cruz em chamas e fazendo gestos semelhantes aos de grupos nazistas e racistas.

Não foram divulgados mais detalhes sobre a decisão da Promotoria.

O vídeo foi publicado em abril no perfil do 9º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) no Instagram e apagado após a repercussão da postagem. Ele mostra PMs erguendo os braços na altura dos ombros enquanto a cruz queima e uma trilha é marcada por fumaça de sinalizadores vermelhos e a sigla Baep ao fundo.

O gesto é usado por grupos racistas como a Ku Klux Klan nos Estados Unidos.

“A Polícia Militar é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância”, diz nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo da época. “Assim que tomou conhecimento das imagens, a corporação instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias relativas ao caso”.

Em 16 de abril, após a publicação, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Militar abriram investigação para apurar se os oficiais cometeram delitos.

A Promotoria local disse ter requisitado na ocasião todas as informações pertinentes ao comando do batalhão.

“Comprovando-se eventual desvio de conduta, serão tomadas as medidas necessárias para punição dos agentes da Polícia Militar, corporação que continua contando com a confiança do MP-SP”, disse a Procuradoria-Geral de Justiça.

Segundo o órgão, a iniciativa para a apuração do caso partiu da promotoria local.

Redação / Folhapress

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