SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Alemanha venceu a Espanha por 1 a 0 e ficou com a medalha de bronze no futebol feminino das Olimpíadas de Paris, no Parc Olympique Lyonnais, em Lyon, na França, após uma partida em que tudo deu errado para as espanholas, derrotadas pelo Brasil na semifinal.
O gol foi marcado após a goleira espanhola cometer pênalti em cima da meio-campista Gwinn. A própria atleta cobrou e abriu o placar, na metade da segunda etapa.
No último lance do jogo, Putellas desperdiçou a chance de empatar para as espanholas, perdendo a cobrança de pênalti que foi defendida pela goleira Berger.
Esta é a quinta medalha das alemãs em Olimpíadas, a quarta de bronze, além de um ouro em 2016. A Espanha, atual campeã mundial, disputou as Olimpíadas pela primeira vez e se despede na quarta colocação.
Brasil e Estados Unidos disputam a final da modalidade, neste sábado (10), às 12h (de Brasília).
COMO FOI O JOGO
As equipes jogaram com o estádio praticamente vazio e sob forte sol, há cerca de 470 km de Paris, no estádio de Lyon. Três paradas técnicas foram realizadas ao longo do jogo, para a reidratação das atletas, que na segunda etapa já davam sinais de exaustão pelo calor.
O primeiro tempo foi muito truncado, com as equipes tendo poucas oportunidades de finalização, tanto que o primeiro chute a gol só saiu aos 18 minutos pelos pés da meio-campista alemã Bühl. Depois deste lance, tiveram outras cinco oportunidades, terminando a primeira parte com três chances para cada lado.
A Espanha soube pressionar a saída de bola alemã, mas encontrou dificuldades para sair jogando já que a seleção alemã costuma se postar de forma bem compactada. Apesar disso, foi quem teve as melhores oportunidades na partida, com dois lances que acertaram a trave.
As alemãs começaram melhor, mas depois caíram de rendimento. Apesar dos três chutes ao gol, nenhum deles ofereceu grande perigo à goleira Cata Colli.
A segunda etapa começou mais animada com a Espanha tendo boas oportunidades e a Alemanha fazendo um jogo mais reativo. As espanholas conseguiram ter facilidade para trocar passes, o que elas não conseguiam no primeiro tempo.
Mas quem abriu o placar foi a Alemanha após erro da goleira Cata Coll. A espanhola perdeu totalmente o tempo da bola e acertou em cheio a meio-campista Gwinn. Além do amarelo, a goleira viu a própria atleta fazer a cobrança e marcar para as alemães.
Depois do gol, a Alemanha ainda teve chance de ampliar, mas não conseguiu ser efetiva. A Espanha se mostrou abalada com o gol e não conseguiu oferecer grande perigo ao gol de Berger. Em meio a polêmicas sobre o tempo de acréscimo, a árbitra deu sete minutos, bem menos do que no confronto entre a Espanha e Brasil, que teve quase 20.
A Espanha ainda teve uma última oportunidade de levar o jogo para a prorrogação. Faltando três segundos para acabar a partida, a alemã Janina Minge errou ao tentar tirar a bola e atingiu as pernas de Lucía García, dentro da área. Pênalti. A estrela espanhola Putellas fez a cobrança, mas Berger defendeu.
TRAJETÓRIA DAS EQUIPES
A Espanha foi a primeira colocada do Grupo C e se classificou invicta com três vitórias, cinco gols marcados e apenas um sofrido.
Foi eliminada na semifinal pelo Brasil, após perder por 4 a 2. Antes, nas quartas de final, passou da Colômbia nos pênaltis.
Já a Alemanha foi a segunda do Grupo B, com duas vitórias, uma derrota, oito gols marcados e cinco sofridos.
Empatou com o Canadá nas quartas e passou nos pênaltis para a semi, onde perdeu para os Estados Unidos por 1 a 0.
Redação / Folhapress