RIO DE JANEIRO, RJ, E BARCELONA, ESPANHA (UOL/FOLHAPRESS) – A terceira rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa trouxe boas notícias para Fernando Diniz, técnico da seleção brasileira. Principalmente em relação ao desempenho dos nomes do setor ofensivo que devem compor a próxima convocação, visando os jogos contra Colômbia e Argentina, pelas Eliminatórias.
Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli fizeram gols na vitória do Arsenal sobre o Sevilla, por 2 a 1. Jesus, inclusive, foi eleito o melhor em campo.
Rodrygo anotou um dos gols do Real Madrid na vitória sobre o Braga, por 2 a 1. Ele não marcava pelo time desde agosto.
Vini Jr teve um gol anulado no mesmo jogo, mas deu duas assistências e foi eleito o melhor em campo.
O quarteto pinta como candidato ao protagonismo em uma seleção que não terá Neymar pelos próximos meses.
O despertar dos brasileiros é boa notícia, sobretudo pelo que eles não fizeram na última Data Fifa, quando o Brasil empatou com a Venezuela e perdeu para o Uruguai.
A próxima convocação deve ser nos próximos dias. A CBF precisa enviar a lista à Fifa até domingo e ainda não confirmou a data.
O QUE DEU CERTO COM VINI E RODRYGO
A dupla funcionou bem durante toda a partida, e foi dos pés de ambos que saiu o primeiro gol da partida: jogada individual e cruzamento de Vini pela esquerda, toque de primeira de Rodrygo na pequena área.
Sem um centroavante, o técnico Carlo Ancelotti voltou a armar o time com a ideia de dar mais liberdade para a dupla brasileira se movimentar.
Rodrygo alternou entre a ponta-direita e o comando do ataque, enquanto Vini manteve-se como opção pela esquerda, sendo o principal alvo dos passes.
Foi novamente pela ponta, em sua posição preferida, que ele deu o passe para Jude Bellingham marcar o segundo gol. Não por acaso, Vini recebeu o prêmio de melhor em campo.
Com Diniz, os dois ainda estão devendo. Rodrygo até fez gol diante da Bolívia, na primeira rodada das Eliminatórias, mas o jogo na função “caótica” de articulação pelo meio não vingou. Pelo Brasil, ele não ficou aberto na ponta direita, buscou algumas combinações nos últimos jogos, mas ficou apagado.
Vini guardou mais posição na esquerda contra Venezuela e Uruguai. Mas errou dribles e não gerou tantos lances de perigo, em jornadas nada inspiradas do ataque da seleção.
UM GABRIEL INCOMODA. DOIS, ENTÃO…
O Arsenal provou o que de melhor tem na combinação entre os xarás Gabriel Jesus e Martinelli. Detalhe é que o terceiro Gabriel, o Magalhães, zagueiro também da seleção, afastou uma bola que resultou em um corte espetacular de Jesus e um passe longo, na medida, para Martinelli disparar. Frio, ele driblou o goleiro e fez um belo gol.
Tão bonito quanto a batida colocada e forte que Jesus acertou no segundo tempo, assegurando a vitória do Arsenal fora de casa. Para Gabriel Jesus, o momento parece de guinada. Até por ter recuperado no jogo passado do Brasil a condição de titular do ataque.
Já Martinelli perdeu a convocação passada porque vinha de recuperação de lesão e precisa provar-se útil com Diniz. A dificuldade é disputar a mesma posição que Vini Jr. Acomodar os quatro não é tarefa simples.
QUEM MAIS JOGOU?
O zagueiro Marquinhos teve atuação sólida na vitória do PSG por 3 a 0 sobre o Milan.
O goleiro Ederson levou um gol de cobertura, mas não teve culpa. O Manchester City venceu o Young Boys por 3 a 1.
O atacante Antony foi titular no Manchester United contra o Copenhague, mas o time só fez gol quando ele já tinha sido substituído. Ele foi cortado da seleção na última vez em que foi chamado para responder às acusações de violência contra a ex-namorada. O brasileiro chegou a ser afastado dos treinos no clube, mas já retornou.
O volante Bruno Guimarães não conseguiu brilhar a ponto de evitar a derrota do Newcastle para o Borussia Dortmund, por 1 a 0.
IGOR SIQUEIRA E THIAGO ARANTES / Folhapress