SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Imagina chegar a uma ilha paradisíaca com o seu cônjuge, esperando bons drinques, noites de amor e diversão… até que você avista sua sogra chegando, toda feliz, de barco. É então que o sonhado descanso promete se transformar em uma sucessão de tretas e lavação de roupa suja.
Pelo menos no novo reality show da Netflix, Ilhados com a Sogra, que estreia nesta segunda-feira (9). O programa reúne seis casais que terão de derramar muitas lágrimas e gastar gogó se quiserem levar o prêmio de R$ 500 mil.
Quem comanda a atração é Fernanda Souza, 39, que ao contrário dos participantes, afirma não ter ressentimentos ou lembranças de momentos cabeludos com nenhuma ex-sogra. “Não tenho nenhuma história nem parecida com que os personagens viveram”, conta à Folha de S.Paulo. “Eu realmente fui muito sortuda porque a relação que eu tive com elas foi maravilhosa e viraram mães para mim.”
De fato, no reality, são muitas as brigas em que as noras e os genros se metem. Um dos participantes tem o primeiro encontro com a mãe de sua esposa lá mesmo, na ilha, e é aí que os desentendimentos começam. Para ajudar os pombinhos e as respectivas mães a lidarem com turbulências, o programa conta com uma terapeuta. E esse foi um dos diferenciais que a atriz diz que a fizeram topar ser a apresentadora.
“Essas dinâmicas estão presentes na casa de muitas pessoas, a própria relação com pai e mãe pode ser meio desafiadora”, avalia. “Quando ela trata alguma dinâmica que está ali e que você se identifica, de alguma maneira, ela está te tratando também.”
Mesmo que a proposta do Ilhados possa parecer um pouco antiquada (afinal, quantas piadas com sogra você já não ouviu por aí?), ela afirma que o programa pode fazer algumas pessoas reverem o próprio comportamento.
“Ajuda a perder aquele estigma sobre terapia: ‘Ai, não, imagina, as pessoas vão nascer e morrer desse jeito, não vão mudar’, principalmente quando se fala de uma geração mais velha”, diz. “Apesar de relação com a sogra sempre ter um pouco de brincadeira, a gente trata com respeito.”
Também contou o fato de Fernanda gostar de coisas “diferentonas” (“sou geminiana com ascendente em aquário”, diz aos risos) e de ser fã do gênero realidade na TV. Ela conta que precisou se controlar para não deixar os sentimentos contaminarem a isenção da função de apresentadora.
“Sou uma pessoa emocionada, livre nos meus sentimentos”, comenta. “Tenho que apertar o botão, tem uma lágrima rolando e eu estou aqui lendo. Então pude entregar isso, em momentos tinha que ser mais firme e em outros pude agir como espectadora.”
MARIA PAULA GIACOMELLI / Folhapress