Quem são os alvos de mandados de prisão na operação ligada a delator do PCC

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público) prenderam na manhã desta terça-feira (17) policiais apontados na delação do empresário Antônio Vinícius Gritzbach, 38, morto a tiros no aeroporto de Guarulhos, em novembro deste ano. Além deles, outras quatro pessoas –incluindo um outro investigador– foram detidas na ação.

Saiba quem são os alvos dos mandados de prisão na operação.

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FÁBIO BAENA MARTIN

Delegado da Polícia Civil, foi citado no acordo de delação premiada de Gritzbach, que o acusou e “toda sua equipe” de praticar “ilicitudes e arbitrariedades”.

Baena foi o delegado responsável por investigar o assassinato de Cara Preta e Sem Sangue, membros do PCC, no DHPP (departamento de homicídios). Além disso, abriu um inquérito para investigar também uma denúncia de Gritzbach, que alegou ter sido sequestrado por três homens ligados à facção e submetido a um “tribunal do crime” em 18 de janeiro de 2022. A motivação seria a morte de Cara Preta e o sumiço do dinheiro.

O delegado chamou os três implicados e outras testemunhas a prestar depoimento, e todos negaram qualquer conhecimento do sequestro. A investigação do sequestro acabou arquivada, após a polícia argumentar que não havia provas.

Ele foi afastado após as denúncias de Gritzbach. Sua defesa disse que a prisão é arbitrária.

EDUARDO MONTEIRO

Investigador da equipe do delegado Baena no DHPP, também é acusado por Gritazbach de irregularidades durante as investigações sobre a morte de Cara Preta e Sem Sangue.

Sua defesa disse que a prisão é arbitrária.

ROGÉRIO DE ALMEIDA FELÍCIO

Conhecido como Rogerinho, o policial civil fazia bicos como segurança particular do cantor Gusttavo Lima e também era da equipe do delegado Baena no DHPP. Ele está foragido.

MARCELO RUGGIERI

Policial civil e chefe dos investigadores do 24º DP (Ponte Rasa), foi condenado pela Justiça sob a acusação de ter auxiliado Cara Preta a emitir uma segunda via do documento de identidade em plena pandemia.

Procurado, o advogado do policial, Anderson Minichillo, disse que recorreu da sentença, mesmo considerando que a pena contra o cliente já estava prescrita. “Para que fique bem claro, esse era um documento verdadeiro de Anselmo [Cara Preta], não era o documento falso. Era segunda via de documento autêntico e legítimo”, afirmou ele.

AHMED HASSAN SALEH

É advogado e sócio da UPBus, empresa de ônibus que foi alvo da operação Fim da Linha, que investigava a relação entre concessionárias do transporte de ônibus municipal e o PCC.

Advogados de Gritzbach afirmam que ele teria oferecido R$ 3 milhões pela cabeça do delator. O delator teria gravado um telefonema de Hassan a um policial, em que oferece o pagamento.

Hassan foi preso em 7 de agosto deste ano, junto com outras 19 pessoas investigadas sob suspeita de lavagem de dinheiro da facção criminosa. Ele acabou solto no mesmo dia.

“Inadmissível no Brasil se banalizar o direito à liberdade, decretando-se prisão midiática, sem contemporaneidade, e o mais grave, por fatos que já foram investigados e arquivados pela Justiça, por recomendação do próprio Ministério Público”, traz nota do escritório Bialski Advogados Associados.

ROBINSON GRANGER DE MOURA

Foi acusado por Gritzbach de ter sido o mandante do assassinato de Cara Preta e Sem Sangue.

MARCELO BOMBOM

Investigador da Polícia Civil.

ADEMIR PEREIRA ANDRADE

É acusado de envolvimento com compra e venda de imóveis de luxo na Riviera São Lourenço, condomínio no litoral sul de São Paulo.

Redação / Folhapress

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