Rachel Reeves será 1ª mulher à frente da Economia no Reino Unido

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, nomeou pela primeira vez na história uma mulher para o Ministério da Economia do país.

Escolhida foi Rachel Reeves, ex-economista do Banco da Inglaterra. O anúncio foi feito logo após a aparição de Reeves na residência oficial do primeiro-ministro britânico.

“Há um longo caminho pela frente”, declarou Reeves. Em pronunciamento após o anúncio, ela afirmou que sua nomeação é uma responsabilidade histórica e “não tem ilusões sobre a escala dos desafios enfrentados” no novo governo.

Veja outros nomes escolhidos para integrar o governo:

Angela Rayner é a nova vice primeira-ministra e secretária de Estado,

Pat McFadden, chanceler do ducado de Lancester;

David Lammy, secretário para Negócios Estrangeiros,

Yvete Cooper, secretária de Assuntos Internos;

John Healey, secretário de Defesa;

Shabana Mahmood, secretária de Justiça;

Wes Streeting, secretário de Saúde e Cuidado Social;

Bridget Phillipson, secretária de Educação,

Ed Miliband, secretário de Segurança Energética;

Liz Kendall, secretária de Trabalho e Previdência;

Jonathan Reynolds, secretário de Negócios e Comércio;

Peter Kyle, secretário de Ciência, Inovação e Tecnologia;

Louise Haigh, secretária de Tranportes.

RESULTADO DA ELEIÇÃO

Trabalhistas conseguiram 412 cadeiras no Parlamento. Os Conservadores ficaram em segundo lugar, com 121 parlamentares eleitos, seguido por LibDems (71), SNP (Partido Nacional Escocês, 9), Sinn Fein (7), da Irlanda, e independentes (6). Reform UK, Verde e Plaid Cymru (Partido do País de Gales) ficaram com quatro assentos cada. Ainda faltam os resultados de duas cadeiras.

Starmer é o 1º premiê trabalhista em mais de 14 anos. O último representante do partido a ser primeiro-ministro foi Gordon Brown, que sucedeu Tony Blair e ficou no cargo de junho de 2007 a maio de 2010. Neste meio-tempo, o Reino Unido teve cinco premiês conservadores: David Cameron, Theresa May, Boris Johnson, Liz Truss e Rishi Sunak.

No Reino Unido, é adotado o sistema de voto distrital. Os eleitores não escolhem seu primeiro-ministro diretamente, mas sim os 650 membros do Parlamento que vão representar os distritos onde moram. Esses parlamentares compõem a chamada Câmara dos Comuns (ou House of Commons), equivalente à Câmara dos Deputados brasileira. O líder do partido que tiver a maioria do Parlamento -neste caso, Keir Starmer- vai receber uma autorização formal do rei Charles 3º para assumir o cargo de primeiro-ministro e formar um governo.

QUEM É KEIR STARMER

Foi procurador-geral da Inglaterra e do País de Gales. Filho de um operário e uma enfermeira que também apoiavam os Trabalhistas, Keir Starmer tem 61 anos e nasceu em Londres, mas foi criado em Oxted, no sudeste da Inglaterra. Formado em direito pela Universidade de Leeds, entrou tarde na política: foi eleito deputado apenas em 2015 e substituiu Jeremy Corbyn à frente dos Trabalhistas em 2020. Desde então, tem insistido em aproximar o partido das posições de centro.

É um grande fã de futebol e torcedor do Arsenal. Starmer é casado com Victoria Alexander -conhecida como Lady Vic entre os Trabalhistas- desde 2007 e tem dois filhos, um menino e uma menina, ambos adolescentes. Em junho, em entrevista à Sky News, ele disse ter receio do impacto que a eleição para primeiro-ministro poderia causar a sua família. “Eles estão numa idade difícil”, explicou, acrescentando que ainda não apareceu ao lado dos filhos em público para “protegê-los”.

Durante a campanha eleitoral, definiu seis prioridades. Starmer prometeu estabilidade econômica, redução da fila de espera no NHS, reforço da polícia, nova política energética, abertura de cargos para professores e criação de um centro de comando para aumentar a segurança das fronteiras. Quando questionado sobre como gostaria de ser lembrado, respondeu: “Como alguém que teve um governo trabalhista ousado e reformista. Como um grande pai e amigo”.

“Detesto perder, principalmente no futebol e na política. Jogo futebol toda semana, no meio do campo, comandando. Muita gente fala que o importante é participar. Não sou dessa opinião. O que importa é vencer”, disse Keir Starmer, ao The Guardian, em agosto de 2023.

Redação / Folhapress

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