SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O goleiro Rafael, convocado para a seleção brasileira, afirmou que não vê a sombra de Rogério Ceni desde que chegou ao São Paulo e assumiu a posição de titular. Para o jogador, a história do ídolo são-paulino nunca será repetida e nem é esse seu intuito na equipe do MorumBIS.
“Ninguém vai substituir o Rogério Ceni. O que ele foi para o futebol e é para o futebol, ele sempre vai ser. Cada um tem sua história no futebol. Ninguém vai vir aqui e tentar repetir o que ele fez. São Paulo vive momentos diferentes, com jogadores diferentes, quero muito fazer o meu melhor, construir o meu projeto e pra mim vai ser surreal contribuir um pouco e ser mais um que contribuiu na história do São Paulo como ele e tantos outros fizeram de forma grandiosa. Ceni, Zetti, Valdir Peres, esses goleiros são insubstituíveis”, disse Rafael, em entrevista ao UOL.
Rafael foi o primeiro goleiro a assumir a meta são-paulina e realmente conseguir se firmar. Em um contexto em que muitos falam da dificuldade de substituir Rogério Ceni, Rafael prefere enxergar de outra maneira.
Eu sei o que representa o goleiro para o torcedor são-paulino, que está acostumado com goleiros que fazem a diferença e isso é algo que me deixa orgulhoso, a todos os goleiros do São Paulo. Temos oportunidade de vestir uma camisa tão pesada que valoriza tanto o goleiro. Preciso fazer o meu melhor e representar melhor possível o São Paulo.
O goleiro já tinha conquistado um título inédito, a Copa do Brasil no ano passado, e foi buscar outro com a Supercopa. A convocação para a seleção brasileira pode parecer o último degrau para se tornar uma referência na história são-paulina, mas Rafael não vê assim.
“Para o jogador de futebol, nunca existe o último degrau. Temos que sempre buscar mais. Somos julgados pelo próximo jogo. Não importa se fizemos dois mil jogos, vai importar o próximo porque futebol é resultado. Eu amo isso no futebol. Cada dia que passa eu vou estar sempre tentando melhorar e dar meu melhor. Sempre virão novos jogos, com dificuldades e desafios, e temos que estar preparados”
Já são 78 jogos com a camisa do São Paulo desde que chegou ao Tricolor no início do ano passado.
EDER TRASKINI / Folhapress