Rafaela Silva perde para atual campeã mundial e vai disputar o bronze

PARIS, FRANÇA, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A judoca Rafaela Silva foi derrotada pela sul-coreana Mimi Huh na semifinal da categoria até 57kg nas Olimpíadas de Paris, mas segue em busca de sua segunda medalha olímpica.

A brasileira, que conquistou a medalha de ouro há oito anos, perdeu para a atual campeã do mundo no golden score. Huh é a terceira colocada no ranking mundial, e a brasileira, a quarta.

Extremamente concentrada, Rafaela começou assumiu a ofensiva, mas não conseguiu finalizar a oponente e perdeu por waza-ari. A atleta de 32 anos teve postura agressiva e partiu para cima, quase conseguindo imobilizá-la. Levar um shido e, na sequência, colocou a adversária, literalmente, para correr, no tatame. Levou a segunda punição no golden score e até enroscou a mão na faixa da adversária, mas pouco depois levou o golpe que encerrou o combate.

Apesar da derrota, ela vai disputar o bronze em Paris. A adversária será a japonesa Haruka Funaubo, e a luta deve começar após as 12h (de Brasília) —após a repescagem e as semis do masculino até 66kg.

Rafaela chegou à semi com duas vitórias maiúsculas. Primeiro dominou a turcomenistã Maysa Pardayeva na estreia, e depois atropelou a georgiana Eteri Liparteliani nas quartas.

A brasileira também vai participar da disputa por equipe mista, que ocorrerá em 3 de agosto.

EM BUSCA DE FAZER HISTÓRIA, DE NOVO

A atleta de 32 anos está em sua terceira edição de Olimpíadas e é cotada a ser medalhista em Paris. Estreou nos Jogos em Londres-2012 com o nono lugar, e depois foi ouro na Rio-2016, recebendo o primeiro ouro brasileiro nos Jogos disputados em casa. Foi suspensa por doping e não participou de Tóquio.

Rafaela foi a primeira judoca brasileira campeã mundial, em 2013, e repetiu a conquista em 2022. Natural do Rio de Janeiro, ela é considerada a melhor judoca da história do esporte nacional.

O ex-judoca Flávio Canto afirmou que Rafaela está com “o mesmo olhar” de quando conquistou o ouro. Ele destacou a concentração da medalhista, disse que ela está mais completa em seu jogo e que as duas atuações da brasileira nas vitórias em Paris dão otimismo para uma nova medalha.

“Quem acompanhou 2016, quando ela foi campeã, era o mesmo olhar, a atenção. Agora está mais madura e mais equilibrada no jogo dela. Muito boa no chão, na transição, teve uma vitória por uma chave de braço e na segunda ela atropelou uma atleta duríssima. A maneira como ela ganhou que dá mais otimismo para a gente sonhar com uma medalha nesta segunda-feira (29). Flávio canto, treinador de judô do Brasil”, disse Flávio, à CazéTV.

Redação / Folhapress

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