RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), diz não se lembrar de ter feito a impressão de documentos sobre rivais do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), padrinho de sua indicação para o cargo no governo de Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Ramagem afirmou que não se recorda do motivo porque uma tabela com procedimentos contra desafetos de Carlos Bolsonaro foi impressa na impressora de seu escritório na Abin. A declaração foi dada em entrevista ao portal Metrópoles.
“Eu não sei que pastas são essas. Eu tinha uma impressora minha. Eles foram na minha impressora. Parece que tem 200 gigas de material impresso. Eu imprimi tudo o que eu recebo de informação. Essas informações culminaram em algum relatório de inteligência? Não sei.”, disse Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin.
As investigações da PF constataram que Ramagem imprimiu uma planilha com ao menos seis páginas listando detalhes de inquéritos sigilosos da Justiça Eleitoral contra políticos do Rio de Janeiro.
Ramagem também voltou a acusar sem provas a Polícia Federal de perseguição política. Segundo o parlamentar, os investigadores estariam fazendo o que se chama de pesca probatória.
“Qual o elemento que se mostra além dessa perseguição? A perseguição da pesca probatória, do ‘fishing expedition’? Não tinha elementos mínimos, como você trouxe aqui coisas antigas, coisas e ilações. Quando se verifica que eu sofri um mandado de busca e apenas um mês eu fui intimado para ser ouvido, um mês depois está configurado uma pesca probatória contra a minha pessoa e nitidamente a uma perseguição, há um induzimento a erro e possivelmente uma perseguição.”, finaliza.
Redação / Folhapress