SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Presos da Penitenciária 1 de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, realizaram uma rebelião na tarde deste sábado (20) o motim já foi encerrado, depois da entrada de agentes das forças de segurança no local.
Após o início da revolta, equipes do Grupo de Intervenção Rápida da Secretaria da Administração Penitenciária foram para a unidade, que fica na rodovia Edgar Máximo Zambotto. Os agentes dispararam balas de borracha contra os detentos amotinados.
Por volta das 14h, os presos foram rendidos. Eles então foram obrigados a tirar as roupas e estão aglomerados num canto do pátio. A Polícia Militar também foi acionada e se dirigiu ao presídio, mas não chegou a entrar na unidade.
O motim teria sido motivado pela condição do local. Presos escreverem em cartazes e com lençóis no chão “chega de opressão”.
Eles também escreverem PCC no chão, sigla para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital.
Os detentos também se queixam dos diretores do presídio, e colocaram colocaram fogo em objetos. O Corpo de Bombeiros foi acionado.
O sábado é dia de visita para os presos. Conforme a secretaria, os visitantes foram retirados com segurança. Segundo a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), não foram feitos reféns.
Em nota, a pasta disse que às 14h10, “o motim foi controlado e a situação estabilizada na Penitenciária 1 de Franco da Rocha. A direção da unidade faz neste momento o levantamento dos danos, que ocorreram em dois dos pavilhões habitacionais.”
A rebelião ocorre dias depois de um outro motim na capital iniciado em virtude da remoção de presos.
A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) iniciou a transferência de detentos do recém-reformado e já superlotado CPP (Centro de Progressão Penitenciária) Butantan, na zona oeste de São Paulo após fugas.
O prédio abriga detentos do regime semiaberto. A capacidade é para 1.412 presos, mas na sexta-feira (19) abrigava 1.494 detentos.
As remoções ocorrem após a fuga de sete homens entre o sábado (13) e a segunda-feira (15). A SAP afirmou no início da semana que identificou erros de procedimento por parte de funcionários.
De acordo com a pasta, o imóvel não será desativado, mas modificado o perfil dos custodiados, “visando alcançar melhor adequação de estruturas e população carcerária”.
O CPP do Butantã é uma unidade de regime semiaberto da qual os presos podem sair para trabalhar ou estudar desde que tenham autorização judicial. O local recebeu presos que antes estavam em Franco da Rocha.
Antes da pandemia o prédio abrigava mulheres. Em 2021 o sindicato denunciou que a cadeia tinha sérios problemas estruturais, que poderiam resultar em desabamento.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress