Rede de agiotas do PCC é alvo de operação da Promotoria em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Gaeco, grupo de atuação contra o crime organizado do Ministério Público de São Paulo, e a Polícia Militar deflagraram nesta terça-feira (7) uma operação contra suspeitos de integrarem uma rede de agiotagem da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Ao menos sete pessoas foram presas.

Segundo a Promotoria, as pessoas investigadas faziam empréstimos a juros abusivos, que “chegavam ao patamar de 300% ao mês”. Quando os devedores não honravam os pagamentos, eram ameaçados e extorquidos pelos suspeitos. Alguns dos inadimplentes foram agredidos e ameaçados com armas de fogo, aponta a investigação.

A polícia está cumprindo 11 mandados de prisão nas cidades de São Paulo, São José dos Campos e em quatro municípios da região do Alto Tietê —Mogi das Cruzes, Arujá, Suzano, Poᗠe Santa Isabel. Além disso, há 17 mandados de busca e apreensão.

Na manhã desta terça, além das sete prisões, foram apreendidas sete armas de fogo com os suspeitos —um fuzil Taurus T4, uma espingarda, quatro pistolas (calibres 9mm e 38)— e munições de diversos calibres.

Uma quantia total de R$ 65,9 mil —R$ 30 mil em dinheiro e outros R$ 30 mil em cheques— foi apreendida, além de joias, relógios de luxo (das marcas Rolex, Michael Kors, Invicta, Helfiger, Bulova, Tag Helfiger, Breitling), 16 celulares, cinco computadores e documentos.

A operação foi batizada de Khalifa. “A denominação da operação faz referência ao edifício Burj Khalifa, na cidade de Dubai, e às viagens internacionais que registradas, com ostentação, pelos investigados nas redes sociais”, disse o MPSP, em nota.

TULIO KRUSE E PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress

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