Regiões de França e Espanha batem recordes de calor em pleno outono

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Europa está em pleno outono, época de temperaturas mais amenas após meses em que o continente registrou consecutivas ondas de calor. Mas o mês de novembro tem dado lugar a altas históricas.

Na francesa Cannes, foi registrado nesta terça-feira (14) o dia de novembro mais quente da história, com termômetros marcando 27,7°C. O antigo recorde mensal datava de 4 de novembro de 2004 (25,8ºC).

A informação foi publicada por François Jobard, da Météo-France, a agência de meteorologia oficial francesa, no X, o antigo Twitter. O especialista destacou temperaturas excepcionalmente quentes no mar Mediterrâneo, à beira do qual a cidade litorânea está localizada.

O Météo-France também observou recordes mensais da série histórica em outras regiões da França, como no departamento de Alta Córsega, na ilha da Córsega —foram 29,8°C na comuna de Oletta, 28°C na de Piedigriggio, 26,7°C na de Piedicroce e 24,8°C na de Penta di Casinca.

Também a Espanha tem registrado temperaturas fora do comum para novembro. Nas redes sociais a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) informou que a massa de ar que sobrevou o país durante o mês deve ser uma das mais quentes dos últimos 30 anos, e a média das temperaturas tem ficado 10°C acima da usual com frequência.

A agência informou que os últimos sábado (12) e domingo (13) bateram as máximas das séries históricas desses dias do mês de novembro desde que se começa a ter registro, em 1950.

Um fenômeno que tem se multiplicado no país: apenas em 2023, já 32 vezes os dias apresentaram temperaturas recordes, seis vezes mais do que se espera que ocorra em um ano.

As temperaturas excepcionalmente altas para essa época do ano com frequência ficam acima de 27ºC em pontos da costa mediterrânea e nas ilhas Canárias, onde o pico de 32°C foi registrado em Las Palmas.

“O que estamos observando nos últimos anos na Espanha se encaixa no que dizem todos os estudos sobre a emergência climática: um aumento na temperatura média que se traduz em um maior número de episódios de calor, que também são mais intensos”, disse a Aemet.

“Os dias frios não desaparecem, mas são menos frequentes. Ao longo de 2023, assim como em 2022, prevaleceram os episódios de calor.”

No Brasil, que vive a primavera, ondas de extremo calor também tem atingido capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, elevando o alerta para a saúde pública devido aos impactos do clima. Ao todo, o país tem 116,6 milhões de pessoas em áreas afetadas pela atual onda de calor.

Redação / Folhapress

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