SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse nesta sexta-feira (15) que os cães American XL Bully são perigosos e anunciou planos para banimento da raça até o final deste ano. A declaração veio em resposta a uma uma série de ataques recentes envolvendo estes animais, em geral robustos e musculosos, e que gerou repercussão pública.
Na quinta-feira (14), um homem foi morto no centro da Inglaterra por um cachorro, supostamente um American XL Bully. O caso aconteceu menos de uma semana depois que que uma menina de 11 anos foi atacada por outro animal da mesma raça e ficou gravemente ferida, no sábado (9), enquanto ia às compras com a irmã na cidade de Birmingham.
Ao anunciar o plano, Sunak disse que os cachorros dessa raça são “um perigo para as comunidades, especialmente para as crianças” e “compartilha o horror da nação” em relação aos recentes ataques graves.
“Está claro que isso não se trata de um punhado de cães mal treinados, é um padrão de comportamento e não pode continuar”, disse Sunak em um vídeo na rede social X (antigo Twitter).
Sunak pediu à polícia e a especialistas que estabeleçam uma definição dos cães envolvidos nos ataques. Segundo ele, a versão atual da legislação sobre o tema não traz detalhes sobre os American XL Bullies. “Então baniremos a raça sob a Lei de Cães Perigosos e novas leis entrarão em vigor até o final do ano”, afirmou.
De acordo com o grupo ativista Bully Watch, que defende a proibição da venda e da reprodução dos American XL Bullies, os cães da raça foram responsáveis por mais da metade de todos os ataques fatais envolvendo cachorros no Reino Unido no ano passado.
A raça foi originalmente criada a partir de pit bulls americanos e terriers. Os primeiros indivíduos da raça apareceram no Reino Unido “por volta de 2014 ou 2015”, com o número crescendo rapidamente nos últimos anos, ainda segundo o Bully Watch.
Os bullies recebem esse nome porque originalmente eram usados em esportes sangrentos em que cães atacavam touros até derrubá-los. Os animais têm uma estrutura muscular e óssea mais pesada do que as dos pit bulls.
Várias instituições de caridade britânicas de proteção animal disseram nesta semana que proibir raças específicas não é a solução. Segundo eles, o governo deveria se concentrar em “regulamentações de controle e na promoção da posse e treinamento responsáveis”.
Redação / Folhapress