RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Reitor de Harvard diz concordar parcialmente com governo Trump sobre diversidade ideológica

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O reitor da Universidade Harvard, Alan Garber, disse em entrevista ao jornal The Wall Street Journal que concorda parcialmente com o diagnóstico feito pela administração de Donald Trump sobre o ensino superior de elite nos Estados Unidos.

Sob o argumento de que as instituições não são ideologicamente diversas e acusando-as de permitir a disseminação do antissemitismo, o governo tem anunciado congelamentos ou cortes de bilhões de dólares em financiamentos federais.

“Não é que o objetivo, por exemplo, de aumentar a diversidade ideológica no campus seja algo com o qual eu discorde. A questão está nos meios para alcançá-lo”, disse Garber a Emma Tucker, editora-chefe do WSJ. Harvard, uma das universidades mais prestigiadas dos EUA, tem liderado a resistência aos ataques de Trump contra o ensino superior.

“Temos problemas reais que devemos enfrentar. Um deles é a percepção da falta de diversidade ideológica no nosso corpo docente e entre nossos estudantes. Há evidências recentes que me fazem pensar que talvez isso seja um pouco exagerado, mas existe a percepção de que somos uma instituição quase totalmente de esquerda”, disse.

Ele questiona, porém, as exigências do governo federal de examinar todos os registros de admissão da universidade e interferir nas contratações de professores, considerados pelo governo Trump como sendo “mais comprometidos com o ativismo do que com o conhecimento”, como dito pelo Departamento de Educação em carta enviada a Harvard no dia 11 de abril.

No documento, o órgão americano também exigia que a instituição eliminasse até agosto qualquer política afirmativa que promova diversidade racial e de nacionalidade na seleção de estudantes, além de pedir que Harvard denuncie às autoridades federais de imigração os alunos estrangeiros que desrespeitam regras de conduta.

Durante a entrevista, Garber destacou que o financiamento federal é investido em pesquisas por meio de bolsas -exatamente a área que teve seus recursos congelados por Trump nesta segunda-feira (5)– e contratos.

“Há acordos que obrigam a universidade a realizar trabalhos que o governo federal aprovou para promover os interesses nacionais, como na ciência quântica, que agora é uma área estratégica para o país, especialmente na competição com a China. […] Somos pagos para fazer esse trabalho e temos prazer em realizá-lo, mas nunca devemos pensar nisso como um presente, porque há muitas condições envolvidas.”

Redação / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS