SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O brasileiro Danilo Cavalcante, 34, foi capturado nesta quarta-feira (13) pela polícia da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Condenado à prisão perpétua pelo assassinato da ex-namorada, ele havia fugido da cadeia no dia 31 de agosto.
A caçada durou 14 dias, e nesse período Cavalcante conseguiu escapar das autoridades diversas vezes. Também furtou uma van, entrou em contato com duas pessoas para pedir ajuda e roubou uma arma.
CRONOLOGIA
Nascimento: 03 de julho de 1989, em Estreito, Maranhão
2016: Muda-se com a família para Figueirópolis, no Tocantins
2017: Em 5 de novembro, mata o amigo Valter Júnior Moreira dos Reis com seis tiros e foge. O crime teria ocorrido após um desentendimento por causa de uma batida de carro
2018: Em janeiro, viaja para os Estados Unidos. No país, passa a se relacionar com a também brasileira Deborah Evangelista Brandão. Desde 2020, ele a ameaçava por não aceitar o fim o relacionamento
2021: Em 19 de abril, mata Deborah com 38 facadas na frente dos dois filhos dela, então com 4 e 7 anos. É preso na sequência
Agosto de 2023: No mês de agosto, é julgado nos Estados Unidos e condenado à prisão perpétua pelo feminicídio; no dia 31 do mesmo mês, escala uma parede e foge da prisão
4 de setembro de 2023: é visto por moradores do Condado de Chester; câmeras também flagram a presença do brasileiro na região
9 de setembro de 2023: Rouba uma van e tenta contato com dois brasileiros com quem trabalhou
13 de setembro de 2023: é capturado pela polícia após 14 dias de buscas
Danilo Cavalcante foi capturado por volta das 9h (horário de Brasília) desta quarta, trazendo alívio para os moradores da região de Chester, onde centenas de policiais vinham fazendo buscas ao fugitivo.
De acordo com a CNN, ele foi encontrado dormindo sobre um fuzil que havia roubado durante a fuga. Uma cachorro da polícia o mordeu quando ele tentava fugir dos agentes, e o brasileiro foi capturado.
Na TV, canais mostram imagens de Cavalcante sob custódia. Algemado, o brasileiro usa calça e uma blusa moletons escuras, calçados pretos e tem os cabelos molhados. É possível ver dezenas de agentes, junto a cães farejadores, tirando uma foto com o criminoso ao centro.
Além da polícia estadual, participaram das buscas a patrulha de fronteira e o FBI. Mais de 500 agentes estiveram envolvidos na operação, além de helicópteros, drones e cães farejadores.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress