SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O líder mercenário Ievguêni Prigojin estava na lista de passageiros do avião que caiu nesta quarta-feira (23) na Rússia. Chefe do Grupo Wagner, ele comandou um motim contra a cúpula militar russa em junho.
Desde o início da Guerra da Ucrânia, em fevereiro do ano passado, vários generais e empresários russos morreram em circunstâncias suspeitas ou misteriosas. As mortes são atribuídas a doenças, suicídios ou acidentes, mas, segundo analistas, podem ser assassinatos disfarçados. Relembre alguns casos a seguir.
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GENNADI LOPIREV, 69
O general russo que chefiou a construção de um palácio avaliado em R$ 6,3 bilhões atribuído a Vladimir Putin foi encontrado morto na prisão a poucos dias de entrar com um pedido de liberdade condicional, segundo o tabloide britânico The Sun.
Lopirev foi condenado a dez anos de cadeia em 2017 por recebimento de propina e porte ilegal de munição acusações às quais ele sempre negou. Antes de ser preso, ele era considerado próximo de Putin. Segundo o Serviço de Proteção Federal, o militar supervisionou o projeto do palácio Gelendzhik, supostamente construído com dinheiro público para uso pessoal do presidente russo.
O militar apresentou dificuldades respiratórias no último dia 14, e médicos que o atenderam disseram que ele tinha leucemia, doença que não havia sido diagnosticada até então. O Sun aponta suspeitas de que ele tenha sido envenenado.
PAVEL ANTOV, 65
O magnata russo Pavel Antov, dono de uma empresa do ramo de suínos, foi encontrado morto num hotel na Índia dois dias após um amigo seu morrer na mesma viagem. Antov era uma figura conhecida na cidade Vladimir, a leste de Moscou. No ano passado, ele negou ter criticado a ofensiva da Rússia na Ucrânia após viralizar imagens de uma mensagem no WhatsApp atribuída a ele.
“É extremamente difícil chamar tudo isso de outra coisa senão terror”, dizia a mensagem, que foi apagada, sobre um ataque da Rússia na capital ucraniana, Kiev. Relatos da mídia russa disseram que Antov caiu de uma janela do hotel na cidade de Rayagada.
Vladimir Budanov, amigo de Antov, havia morrido dias antes, no mesmo estabelecimento. Autoridades russas disseram que ele sofreu um derrame e que seu amigo “estava deprimido após sua morte e por isso também morreu”.
RAVIL MAGANOV
Ravil Maganov, presidente do conselho de administração da Lukoil, gigante de petróleo da Rússia que se manifestou contra a invasão da Ucrânia, morreu nesta quinta-feira (31) após cair da janela do sexto andar de um hospital em Moscou, informaram as agências de notícias estatais RIA Novosti e Tass.
Na noite de quinta, a petroleira confirmou a morte do executivo, mas disse que foi em decorrência de uma “grave doença”, sem revelar mais detalhes. A polícia ainda não se pronunciou.
Redação / Folhapress