RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Logo pela manhã os cariocas já podiam sentir na pele o calor extremo que atinge o Rio de Janeiro nesta terça-feira (14). Às 9h15 a sensação térmica bateu 58,5ºC na estação de Guaratiba, na zona oeste da cidade.
É o maior índice já registrado no município desde que o sistema Alerta Rio, da prefeitura, começou a fazer a medição, em 2014. De acordo com o órgão, a sensação térmica considera em seu cálculo a temperatura do ar e a umidade relativa.
A temperatura máxima chegou a 42,5ºC no início da tarde, em Irajá, na zona norte. Inicialmente, a previsão para esta terça era de que os termômetros marcassem até 39ºC no Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com o Alerta Rio, o calor na cidade vem sendo influenciado por um sistema de alta pressão e uma massa de ar quente. Para a noite desta terça, contudo, há previsão de pancadas de chuva.
“O céu claro estará passando de parcialmente nublado a nublado ao longo do dia, com previsão de pancadas de chuva isoladas com raios, a partir da noite. Os ventos estarão moderados, ocasionalmente fortes”, diz o órgão.
Já no início da tarde os ventos começaram a ganhar força, com registro de 57,6 km/h, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Também estão previstas pancadas de chuva na quarta (15), mas o calor não deve dar trégua. Os próximos quatro dias devem ter máxima acima de 36ºC, podendo chegar a 41°C, e mínima entre 21°C e 23°C.
A Defesa Civil estadual emitiu alerta de temperaturas elevadas até domingo (19).
O Rio de Janeiro é um dos estados atingidos pela onda de calor que afeta quase todo o Brasil, e o alerta do Inmet de “grande perigo” devido ao calor se mantém até sexta (17) para diversas regiões.
Por causa das altas temperaturas, o Brasil registrou recorde na demanda por energia na tarde desta segunda-feira (13).
De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), um recorde na demanda instantânea de carga do SIN (Sistema Interligado Nacional) foi alcançado às 14h17, quando se atingiu o patamar de 100.955 MW (megawatts). Foi a primeira vez na história do SIN que a carga superou a marca de 100 mil MW.
ALÉXIA SOUSA / Folhapress