SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A SSPS (Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo) e a Polícia Penal do Rio Grande do Sul transferiram 1.057 presos da Penitenciária Estadual do Jacuí para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas por causa de inundações provocadas pelas chuvas.
Os demais detentos de Jacuí foram transferidos para galerias superiores da própria unidades.
De acordo com Mateus Schwartz, superintendente da Superintendência dos Serviços Penitenciários , as transferências, que foram feitas na última sexta-feira (3) foram feitas de forma provisória. “Tão logo a água volte à normalidade e comece a baixar, esses presos serão removidos novamente para suas casas de origem” afirmou o superintendente.
Segundo ele , duas ou três das sete unidades do complexo prisional de Charqueadas acabaram sofrendo com as cheias provocadas pelas tempestades e inundações dos últimos dias no Rio Grande do Sul.
“Foi necessário, nesse período, a gente fazer uma reorganização interna, principalmente aqui no complexo prisional de Charqueadas”, disse.
“Estão todos bem e os presos, os servidores. Estamos com água, comida, luz, energia, tudo dentro da normalidade e sem nenhuma intercorrência”, disse.
Schwartz explicou que a Justiça concedeu aos presos do regime semiaberto, que estavam recolhidos no Instituto Penal de Charqueadas, a prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica pelo prazo de 20 dias e na impossibilidade da instalação do dispositivo, que fosse concedida, então, a prisão domiciliar simples.
“Esses presos foram liberados em segurança e, dia 23, eles têm que se apresentar novamente no Instituto Penal de Charqueadas, no término do prazo, para voltar a estar recolhido dentro do estabelecimento”, afirmou.
Caso esses presos não se apresentem em cinco dias para a instalação da tornozeleira eletrônica serão considerados foragidos do sistema prisional.
Boletim divulgado no início da tarde mostrou que as chuvas mataram ao menos 83 pessoas no estado.
O governo federal reconheceu neste domingo (5) estado de calamidade pública em 336 municípios do Rio Grande do Sul.
O estado de calamidade é um status que permite a transferência facilitada, em caráter emergencial, de recursos federais para atender necessidades de localidades golpeadas por desastres.
Redação / Folhapress