SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em 24 horas, o nível do rio Negro baixou 25 cm na medição em Manaus (AM), segundo dados do 36º Boletim Hidrológico da Bacia do Amazonas, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil.
A cota abaixo da normalidade faz parte do cenário de seca severa enfrentado pela região amazônica, com impactos em toda a calha da bacia do rio Amazonas.
Há registros de mínimas históricas também nos rios Solimões e Madeira e cotas abaixo da normalidade nos rios Acre e Amazonas, além do Negro.
Nesta quarta-feira (4), o nível do rio Negro chegou a 19,01 m, 2,50 metros abaixo do intervalo de normalidade para a época.
Em outubro de 2023, o rio atingiu seu nível mais baixo em 120 anos de medição em Manaus, confirmando a seca do período como a mais severa dos últimos tempos na região. Na ocasião, a cota do Negro chegou a 13,59 m.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil, em Tabatinga (AM) o rio Solimões atingiu -1,35 me na terça-feira (3), a cota mais baixa desde o início da série histórica (1983).
Em Rio Branco (AC), o rio Acre chegou à marca de 1,31 m, a terceira mais baixa da história, atrás de 1,30 m em 2016 e de 1,24 m em 2022.
O rio Amazonas mantém o processo de recessão, com declínios diários de 14 cm em Parintins (AM) e 12 cm em Óbidos (PA).
O Brasil enfrenta a pior seca já registrada desde o início da atual série histórica, em 1950. Segundo um índice que mede as quantidades de água da chuva e da evapotranspiração de plantas, o momento atual supera as estiagens de 1998 e de 2015/2016.
A situação tende a se estender, porque as chuva devem atrasar, com chance de intensificação da seca em toda a região central e no Norte do país.
Redação / Folhapress