‘Rolê’ de moto com mais de 200 participantes deixa 3 mortos e 27 feridos em Campinas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um “rolê” de moto, como são chamados encontros de motociclistas que se reúnem para passear em comboio, terminou com três pessoas mortas e 27 feridas, na madrugada de sábado (22), em Campinas, no interior de São Paulo.

Ninguém foi preso e a Polícia Civil investiga o caso.

O encontro foi marcado, segundo a Prefeitura de Campinas, por meio de redes sociais e contou com mais de 200 motociclistas.

Durante o encontro, os motociclistas cometeram diversas infrações de trânsito, assustaram motoristas e fazem muito barulho, ainda segundo a gestão municipal.

Vários grupos de motociclistas se reuniram por volta das 0h30. Eles rodaram por diversas avenidas da cidade e, depois, partiram para a rodovia Santos Dumont (SP-075), “não sem antes acelerar, empinar e cometer infrações de trânsito andando na contramão e não respeitar sinal vermelho”, afirmou a prefeitura, que reuniu as informações da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), responsável pelo setor de trânsito, e da GM (Guarda Municipal).

Ainda segundo as informações compiladas pela prefeitura, centenas de motociclistas entraram na rodovia Santos Dumont em alta velocidade, sentido Indaiatuba, quando houve um engavetamento entre as motos, seguida de atropelamentos, por volta das 2h.

O Corpo de Bombeiros, o Samu (Serviço Móvel de Atendimento de urgência) e ambulâncias da concessionária foram acionadas para atender a ocorrência.

No acidente morreu o motoboy Leonardo Souza Gomes, 26. Ele mantinha um perfil numa rede social com mais de 16 mil seguidores, onde mostrava seu dia a dia, sempre sobre duas rodas. Também fazia parte de uma torcida organizada do São Paulo.

Outra vítima é Bruna Maldonado Martins, 33. Uma outra mulher morreu, mas sua identidade e idade não foram divulgadas.

Os feridos foram levados para diversas unidades de saúde da região. Segundo a prefeitura, 21 tiveram alta, quatro estão em observação, um aguarda cirurgia e outro segue em estado grave.

Segundo a Emdec, esse tipo de “rolezinho” é organizado de maneira informal e sem aviso prévio. Os organizadores, diz, costumam escolher rotas onde a fiscalização não está presente. É possível que autuações eletrônicas tenham sido geradas. A Emdec fará essa verificação.

Maria de Lourdes Soares, comandante da Guarda Municipal, lamentou as mortes. De acordo com ela, ao tomar conhecimento do “rolê”, ainda no início, a Guarda conseguiu dispersar parte dos motociclistas envolvidos, mas como eram muitos e se formaram em diversos pontos, não foi possível ter o controle total das ações.

Ainda segundo comandante, a Guarda faz várias operações em diferentes locais, com a apreensão de motos irregulares.

FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress

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