SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (23) que a privatização da Sabesp deve representar a maior venda de uma estatal no mercado brasileiro nos próximos anos.
“Com certeza [a Sabesp] vai ser a maior privatização do Brasil nos próximos anos, pelo porte da empresa”, afirmou Tarcísio. A declaração foi dada durante participação do governador em evento do Santander, em São Paulo.
Tarcísio destacou ainda que a empresa de saneamento não é apenas a maior do setor no Brasil, mas é a quinta maior em termos de faturamento em escala global. O governador disse que trabalha com a estimativa de que a privatização da Sabesp deve ocorrer no primeiro semestre de 2024.
Segundo ele, há municípios paulistas que têm apenas 20% de saneamento. De acordo com ele, a cobertura poderá chegar a 100% até 2029 por causa da desestatização, frente ao aumento dos investimentos e da eficiência que o setor privado poderá trazer à operação.
Tarcísio afirmou ainda que a privatização da Sabesp vai contribuir para que os planos do governo de despoluição do rio Tietê avancem a “passos largos”.
O governador disse também que segue defendendo a privatização do porto de Santos. A transferência ao setor privado permitiria o aumento dos investimentos na região da Baixada Santista, com aprofundamento do canal do terminal e aumento da capacidade de movimentação de cargas, afirmou Tarcísio.
Não privatizar o porto é uma “grande perda de oportunidade”, disse, em contraponto à postura contrária do governo federal em desestatizar a operação no litoral paulista.
O governador afirmou ainda que os projetos mapeados para o PPI (Programa de Parceria de Investimentos) já beiram a marca dos R$ 200 bilhões.
A travessia entre Santos e Guarujá, na Baixada, e o trem para interligar São Paulo com cidades do interior, como Campinas, Sorocaba e São José dos Campos, que deve ser leiloado entre o fim de 2023 e o início de 2024, foram citados por Tarcísio entre os projetos que devem contribuir para que o volume estimado em investimentos em infraestrutura seja alcançado nos próximos anos.
LUCAS BOMBANA / Folhapress