Saiba mais sobre a Bola de Neve, igreja denunciada por ex-cantor do Raimundos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Rodolfo Abrantes, ex-integrante da banda Raimundos, relatou recentemente que ele e sua mulher, Alexandra Abrantes, sofreram abusos psicológicos cometidos por pastores da igreja Bola de Neve. “Feridas que demoram muito para curar”, descreveu o cantor.

Ele denunciou a congregação 13 anos após ter se afastado de uma de suas sedes, localizada em Balneário Camboriú (SC). O cantor rompeu o silêncio depois que vieram à tona acusações de estelionato e exploração de trabalho voluntário em sua antiga igreja, feitas por ex-membros da religião.

Mas o que é a Bola de Neve? A denominação evangélica é bem diferente do tradicional. Os cultos possuem atmosfera semelhante a um show de rock: têm linguagem descontraída, músicas com guitarras e testemunhos de fiéis sobre suas experiências com o dízimo e a prosperidade.

Celebridades como Monique Evans, a atriz Fernanda Vasconcellos, o ator e apresentador Guilherme Berenguer, o surfista Gabriel Medina e a modelo Sasha Meneghel e seu marido, João Figueiredo, frequentam —ou chegaram a frequentar— a Bola de Neve. Figueiredo, aliás, é filho de pastores da igreja.

A cerimônia de casamento do rapaz com a filha de Xuxa foi celebrada por Rinaldo Luis de Seixas Pereira, mais conhecido como apóstolo Rina, surfista e fundador da congregação. Com pregações sem formalidade excessiva, “a igreja atrai pessoas alternativas”, diz Rina, que era alinhado ao presidente Jair Bolsonaro e defendeu as missas presenciais no auge da pandemia.

A igreja tem uma postura liberal quanto à vestimenta, mas proíbe o consumo de álcool e cigarro, e prega a abstinência sexual antes do casamento. A congregação tem cerca 400 unidades e está presente em todas as regiões do Brasil, e também em Portugal e em países da América do Sul (como Colômbia e Uruguai), da África e no Canadá.

As primeiras reuniões da Bola de Neve aconteceram em 1999, embaixo de uma loja de surfe em São Paulo (SP). A história contada na igreja é que, sem uma mesa disponível para apoiar a Bíblia, a opção foi utilizar uma prancha de surfe como púlpito, o que se tornou uma marca da Bola de Neve.

Redação / Folhapress

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