Saiba o que artistas pediram para os seus camarins no The Town

Festival será em Interlagos, na zona sul de São Paulo | Foto: Divulgação

Um ano após se apresentar no Rock in Rio, Post Malone retorna ao Brasil para o The Town. Com isso, voltam também seus pedidos, que chamam atenção nas redes sociais, para a equipe que cuida dos camarins do festival.

O cantor ainda quer suas Jelly Belly Fish, as jujubinhas de peixinho. Também pediu a mesa de “beer pong” do tradicional jogo universitário e bebidas alcoólicas.

O que assusta Ingrid Berger, de 67 anos, que cuida de pedidos de artistas nos festivais há duas décadas, é a quantidade. “Ele vem com uma banda enorme, e o pedido quase triplicou. Tequila, que eram duas, agora são cinco. Pediu 400 copos para fazer a brincadeira da cerveja. A banda também pede um monte de coisinhas, como ‘beef jerky’, que é aquela carne seca americana.”

Se as quantidades assustam, os itens solicitados, diz Berger, estão mais moderados. Para ela, isso aconteceu por causa da escalação do festival, que escolheu figuras mais comedidas. “Não tem um Drake da vida, um Justin Bieber, esses que dão mais trabalho e pedem muito mais coisa.”

Sem citar nomes, Berger diz que uma das bandas que estão entre os headliners deixou seu trabalho “muito fácil” este ano. Isso porque eles enviaram uma lista de pedidos de meia página, muito menos do que as dez páginas de artistas com quem ela já trabalhou.

Algo que sempre causa transtorno, ela conta, é a necessidade de substituir alguns itens. Um caso clássico é o da água Fiji, retirada das profundezas de uma ilha da Oceania. É algo que não se encontra para comprar no Brasil, o que a obriga a enfrentar a burocracia envolvida na troca por uma fonte brasileira.

Em eventos passados, ela lembra, bolachas Oreo já foram substituídos por Negresco, porque a marca americana ainda não tinha chegado ao Brasil. “O cara quer biscoito de arroz com sabor de alga marinha. A gente não tem aqui, então ponho biscoito de arroz normal. Eles pedem muita kombucha, aquele chá fermentado, e com sabores que a gente não tem. Frutas vermelhas troco por morango ou amora.”

Com os artistas brasileiros, seu trabalho é mais simples, porque todos os pedidos existem nas prateleiras de qualquer mercado. Mas cada um chega a levar até 70 pessoas para os camarins, então tudo precisa ser comprado em grande quantidade.

“Vêm com uma equipe grande, com cabeleireiro, maquiador, assistente, sei lá o quê. Eles pedem bastante comida, porque são muitos. Pedem frango assado, muito sanduíche, salgadinho, pizza, bebida”, diz ela, acrescentando que ainda assim este ano seu trabalho está mais simples. “Já tive que montar uma banheira de gelo, trazer um barco inflável.”

DIOGO BACHEGA

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