SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Santana, município do Amapá, ocupava a 31ª posição na lista de cidades brasileiras (acima de 100 mil habitantes) mais violentas em 2022, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No ano passado, porém, ela assumiu a ponta, deixando os municípios baianos para trás.
A cidade amapaense passou de 49,4 mortes por 100 mil habitantes para 92,9, um crescimento de 88,2% em um ano, segundo a versão 2023 do anuário, divulgado nesta quinta-feira (18). A capital Macapá também aparece na lista, em nono, com a taxa de 71,3 mortes violentas.
A Bahia continua como o estado com mais cidades violentas nesse relatório, com seis entre as dez. Mas a boa notícia é que duas delas, Jequié e Simões Filho, tiveram queda no número de homicídios.
Jequié liderava a lista em 2022 e Simões Filho era a terceira, mas no anuário atual, elas estão em terceiro e quinto, respectivamente.
A lista foi feita a partir da categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI), que corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora (em alguns casos, contabilizadas dentro dos homicídios dolosos).
Desta forma, a categoria MVI representa o total de vítimas de mortes violentas com intencionalidade definida de determinado território.
Confira abaixo a lista:
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As 10 cidades mais violentas do país*
Município – Taxa 2022 – Taxa 2023 – Variação (em %)
Santana (AP) – 49,40 – 92,9 – 88
Camaçari (BA) – 82,10 – 90,60 – 10,3
Jequié (BA) – 88,80 – 84,4 – -5
Sorriso (MT) – 70,5 – 77,7 – 10,20
Simões Filho (BA) – 87,4 – 75,9 – -13,10
Feira de Santana (BA) – 68,5 – 74,5 – 8,8
Juazeiro (BA) – 68,3 – 74,4 – 9
Maranguape (CE) – 40 – 74,2 – 85,5
Macapá (AP) – 70 – 71,3 – 1,90
Eunápolis (BA) – 56,30 – 70,4 – 25
* Segundo a taxa de mortes violentas intencionais, com população acima de 100 mil habitantes
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Redação / Folhapress