Saiba quem é quem na operação da PF contra Zambelli e hacker da ‘Vaza Jato’

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve gabinete na Câmara e endereços residenciais alvos de mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (2), em operação da Polícia Federal que prendeu Walter Delgatti, conhecido como o hacker da “Vaza Jato”.

Os dois são suspeitos de atuarem em uma trama que mirava o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e que resultou na invasão dos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

De acordo com Delgatti, a invasão no sistema foi solicitada por Zambelli. A PF afirma que o hacker recebeu valores via Pix de pessoas ligadas à deputada.

Saiba quem são os citados pela PF:

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CARLA ZAMBELLI

Deputada federal reeleita por São Paulo, é uma das principais aliadas de Jair Bolsonaro.

Zambelli e o hacker Walter Delgatti são suspeitos de atuarem em uma trama que mirava o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e que resultou na invasão dos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Ela afirma que há uma tentativa de associar o ex-presidente à invasão do sistema.

WALTER DELGATTI

Hacker conhecido por ter invadido celulares de autoridades na chamada “Vaza Jato”, Delgatti confessou à PF que invadiu o sistema do CNJ. Ele afirma que apenas ele e Zambelli, que teria solicitado a ação, participaram do crime.

O hacker disse ainda, em depoimento dado à PF no dia 20 de junho, que foi pago por pessoas próximas à deputada para fazer o serviço. Segundo ele, o objetivo era mostrar que o sistema judiciário brasileiro era vulnerável e que as urnas eletrônicas não eram confiáveis.

RENAN GOULART

Servidor da Assembleia Legislativa de São Paulo, Goulart fica lotado no gabinete de Bruno Zambelli, irmão da deputada do PL.

Segundo a PF, Goulart enviou R$ 10.500 a Delgatti em três transferências via Pix.

JEAN VILELA

É secretário parlamentar no gabinete de Carla Zambelli.

A PF aponta que ele enviou um Pix de R$ 3.000 a Delgatti.

ALEXANDRE DE MORAES

Segundo a investigação, o ministro do STF era o alvo da operação para desacreditar o sistema eleitoral.

Moraes autorizou a operação da PF nesta quarta-feira e determinou a apreensão de armas, bens acima de R$ 10 mil com origem não comprovada e passaporte da deputada.

ANA GABRIELA OLIVEIRA LIMA / Folhapress

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