SALVADOR, BA (UOL/FOLHAPRESS) – O Subúrbio Ferroviário de Salvador protagonizou, somente no final de semana, seis mortes por tiros. Entre as vítimas está um bebê de apenas um mês.
Três homens e um bebê de um mês foram assassinados na tarde deste domingo (20), na praia de Tubarão, em Paripe. As vítimas foram identificadas pela Polícia Civil como Joilson de Souza Silva, 36, Jonas Santos de Oliveira, 28, e Bruno Roberto Galvão Ribeiro, 25, este último pai do recém-nascido.
Além deles, outros dois homens e duas mulheres também foram atingidos, mas socorridos para uma unidade de saúde da região.
Edvanílson de Jesus Alcântara, 23, e Lúcia Cristina Silva dos Santos, 39, também foram mortos a tiros no bairro de Alto de Coutos, no Subúrbio de Salvador.
Informações preliminares apontam que os dois estavam em uma festa com trio elétrico, quando um homem realizou os disparos no local após um desentendimento. Outras quatro pessoas, incluindo uma criança de 2 anos, foram baleadas e socorridas a unidades de saúde da capital.
Após as mortes, a Secretaria da Segurança Pública divulgou uma nota para afirmar que o patrulhamento ostensivo e preventivo, além de ações de inteligência, serão reforçados no Subúrbio Ferroviário de Salvador. “Equipes das polícias Militar e Civil atuam em conjunto para combater facções envolvidas com homicídios”, disse a pasta.
VIOLÊNCIA NA BAHIA
A Bahia foi o estado brasileiro com o maior número de assassinatos nos últimos oito anos, com registro de pelo menos 49,5 mil homicídios entre 2015 e 2022. O número é 40% maior do que o do segundo colocado, ocupado pelo Rio. A gestão nessa época era do petista Rui Costa, atual ministro da Casa Civil.
Os dados coletados pelo UOL são do Painel de Monitoramento do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde, e detalham as mortes por local de ocorrências, idade, sexo e raça. Os registros de 2022 ainda são parciais e podem ter novas inclusões.
A Bahia, sob gestão de Rui Costa, lidera o ranking, seguida por Rio (35,1 mil), Pernambuco (31,8 mil), Ceará (30,7 mil) e São Paulo (30,1 mil).
Em julho, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostrou que a polícia da Bahia é a que mais matou pessoas em intervenções, tomando o lugar que nos anos anteriores sempre foi do Rio de Janeiro. Os dados são contabilizados e informados desde 2015.
PEDRO VILAS BOAS / Folhapress