SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – As fortes chuvas que atingem Salvador desde domingo (7) resultaram em alagamentos e deslizamentos de terra que deixaram a capital baiana em alerta máximo. Sirenes foram acionadas em 14 localidades da periferia da cidade, orientando os moradores a deixarem suas casas.
A principal ocorrência foi um deslizamento de terra nas fundações de um edifício de três andares no bairro do Politeama, no centro. Uma cratera se abriu na área do subsolo do prédio e a terra atingiu ao menos quatro carros.
A terra que deslizou atingiu um terreno abaixo, no bairro dos Barris, onde fica a sede da Transalvador, órgão municipal de trânsito. Uma servidora estava numa das salas do prédio atingido teve ferimentos leves e foi levada para uma unidade de saúde.
Os moradores do prédio foram orientados a deixar os apartamentos após o deslizamento. Horas mais tarde, após vistorias da Defesa Civil, eles foram autorizados a subir aos apartamentos para recolher os seus pertences essenciais. Os imóveis, contudo, seguem interditados até uma avaliação estrutural detalhada.
A Defesa Civil municipal decretou alerta máximo com as chuvas e acionou as sirenes em localidades como Bom Juá, Irmã Dulce, Mangabeira, Calabetão, Vila Picasso, Vila Sabiá e Voluntários da Pátria.
Nove escolas municipais foram disponibilizadas como abrigos temporários as famílias que tiveram eu deixar as suas casas. As escolas tiveram as atividades suspensas e cerca de 2.000 alunos estão sem aulas nesta segunda.
Nas últimas 24 horas, foram registrados mais de 175 milímetros de chuvas na capital baiana. No mês, já são mais de 300 milímetros, número que supera a previsão para abril, cuja média histórica é de 285 milímetros.
Em nota, a Prefeitura de Salvador disse que intensificou as ações para mitigar os efeitos das chuvas, incluindo intervenções de drenagem, além de dar suporte para a população que vive em áreas de risco.
O prefeito Bruno Reis (União Brasil) disse que a prefeitura vai conceder auxílio emergencial para indenizar as famílias que perderam seus pertences.
JOÃO PEDRO PITOMBO / Folhapress