SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) prometeu aumentar a quantidade de equipes policiais que patrulham a rua Santa Ifigênia e seus arredores, no centro da capital, área próxima à cracolândia. Comerciantes e moradores dizem que a presença de policiais diminui no período noturno, e a região teve seis saques em menos de um ano.
Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, esse reforço no patrulhamento ocorrerá com policiais militares que trabalham em suas folgas a chamada Operação Delegada, paga com a Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária da PM) em um convênio com a Prefeitura de São Paulo. Ele diz que, até agora, o programa não incluía o período noturno na região.
“Creio que hoje [quinta, 1º] nós iniciaremos a Operação Delegada no período noturno, com policiais militares aumentando o efetivo de policiamento”, disse Derrite. Questionada pela reportagem, a secretaria comandada por ele não soube dizer o número de novos policiais.
Além disso, deve ocorrer um aumento no número de PMs nos batalhões da região no fim de fevereiro, após o encerramento da Operação Verão, que reforça até o fim deste mês o policiamento no litoral paulista com policiais de outras partes do estado. Essas vagas devem ser preenchidas com PMs formados no último curso de preparação da corporação.
Tarcísio e Derrite participaram nesta quinta da inauguração da nova Companhia da Força Tática, que integra o 7º Batalhão da PM na capital. A unidade dispõe de 48 policiais em dez carros e motos.
O prédio fica na rua Vitória, a um quarteirão de distância da rua Santa Ifigênia. Além disso, está bem próximo da cracolândia hoje, os usuários se concentram na rua dos Protestantes, entre as ruas Gusmões e Vitória.
Além disso, o governo Tarcísio planeja inaugurar na região uma nova companhia de motocicletas, que deve ter 80 PMs. Ao todo, o secretário estima que haverá 300 novos PMs atuando na região, aproximadamente, até o fim do ano.
Comerciantes que trabalham na região da Santa Ifigênia, conhecida pela venda de equipamentos eletrônicos, têm contratado vigilantes particulares para proteger os estabelecimentos à noite.
“É uma opção do comerciante”, diz Derrite sobre a contratação de vigias noturnos. “Vai aumentar a visibilidade e a percepção de segurança pública aqui na região com a presença, em especial, de um equipamento publico. Nós temos um prédio ali.”
A Prefeitura de São Paulo, por outro lado, já tem alardeado o aumento de efetivo policial no centro. No fim de 2023, a gestão Ricardo Nunes (MDB) já afirmava que o policiamento na região central havia sido reforçado com 1.500 PMs na Operação Delegada, ou seja, trabalhando durante a folga.
TULIO KRUSE / Folhapress