SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Desde 2018, São Miguel Arcanjo é o santo mais buscado no Google do Brasil, ultrapassando Nossa Senhora Aparecida, homenageada pelo feriado desta quinta (12).
Os dados são do Google Trends, ferramenta usada para examinar o volume de pesquisas por termos no buscador. Os números indicam a popularidade digital deles.
Considerando consultas desde 2004, a padroeira do Brasil ainda é a campeã. Mas o crescimento de Miguel, acelerado a partir de 2016, alçou o arcanjo protetor dos justos à liderança.
A dianteira parece estar relacionada ao número de crianças batizadas com o nome dele nos últimos cinco anos.
Segundo o Portal da Transparência do Registro Civil, desde 2016, Miguel é o nome masculino mais registrado anualmente no país, com exceção de 2018 e 2019, dominados por Enzo Gabriel.
Os nomes mais registrados de cada ano, desde 2015
Ano Masculino Feminino
2015 Pedro Henrique (12.578 registros) Maria Eduarda (15.359 registros)
2016 Miguel (12.248 registros) Maria Eduarda (13.087 registros)
2017 Miguel (12.769 registros) Maria Eduarda (11.556 registros)
2018 Enzo Gabriel (18.156 registros) Maria Eduarda (15.760 registros)
2019 Enzo Gabriel (16.672 registros) Maria Eduarda (12.063 registros)
2020 Miguel (31.452 registros) Helena (25.261 registros)
2021 Miguel (30.463 registros) Helena (23.446 registros)
2022 Miguel (28.912 registros) Maria Alice (25.847 registros)
A hipótese é de que, quando escolhem o nome dos filhos, pais e mães costumam buscar pelo significado, seja no buscador ou em outras fontes de informação. Quando a pesquisa acontece no Google, elas entram para a conta do arcanjo.
Ainda no ranking desde 2004, o terceiro colocado é São Jorge, seguido por Santo Antônio de Lisboa e São Francisco de Assis.
As histórias de Santo Antônio, São João e São Pedro, presentes nas festas juninas Apesar de inspirar batismos, a maioria das pesquisas pelos santos está relacionada à procura por orações, imagens, histórias e salmos. No caso de São Francisco, muitos buscam preces para proteger e curar animais.
EDUARDO MARINI / Folhapress