SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mesmo em alerta para queimadas, o estado de São Paulo não tem nenhum registro de queimada neste domingo (22), segundo a Defesa Civil.
Nos últimos dias, o estado registrou dezenas de focos de incêndio em diversas regiões, sobretudo no interior.
Desde sexta-feira (20) até este domingo São Paulo está sob alerta de emergência para incêndio por conta do aumento das temperaturas e queda na umidade do ar.
No sábado (21), as cidades de Bocaina, na região de Bauru, e Santo Antônio do Aracanguá, na região de Araçatuba tiveram incêndios. Mas a situação foi controlada.
São Paulo completa um mês com sua estrutura de combate a incêndios florestais posta mais uma vez à prova. Com recordes nos pontos de fogo registrados por satélite, o estado tem adotado um modelo de força-tarefa no uso de efetivo e equipamentos.
Segundo a Defesa Civil de São Paulo, que coordena o gabinete de crise do governo estadual para lidar com os incêndios, há 15,1 mil agentes em campo envolvidos nos combates. Deste –a maior parte, 10 mil, composta por brigadistas voluntários, de empresas agrícolas e do DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo).
A outra porção desse efetivo é composta por 2.500 agentes de Defesa Civil, 2.200 bombeiros militares e 400 brigadistas da Fundação Florestal de SP.
Já os equipamentos se dividem em 2.500 veículos terrestres, como viaturas dos bombeiros, 29 helicópteros da Polícia Militar –as aeronaves disponíveis que não estejam em uso para ações de segurança– e oito aviões.
Na primeira quinzena de setembro, segundo o chefe da Defesa Civil de São Paulo, coronel Henguel Ricardo Pereira, foram 520 horas de voo, 2,4 milhões de litros de água usados para apagar as chamas e 20 aeronaves utilizadas, com 63 cidades assistidas no total.
O ápice da crise ocorreu entre os dias 22 e 24 de agosto, quando surgiram 2.621 novos focos, sendo 1.886 apenas no dia 23. Foi justamente naquela sexta-feira que a região metropolitana de São Paulo se cobriu de fuligem no meio da tarde e o sol virou um círculo vermelho no céu.
Segundo o capitão Roberto Farina, porta-voz da Defesa Civil estadual, dados de amostragem do Corpo de Bombeiros indicaram um aumento de 386% no número de focos de incêndio do ano passado para este.
Redação / Folhapress