BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (8) que irá reforçar ações contra a dengue em 80 municípios mais atingidos pela doença, sendo 55 em São Paulo.
A pasta afirmou que irá apoiar a instalação de 150 centros de hidratação. Também estimou repasses de até 300 milhões para as novas ações. As ações serão voltadas para redução de casos graves e mortes, segundo a Saúde.
Dados do Ministério da Saúde apontam 536 mortes por dengue em 2025, além de 727 óbitos em investigação. São 896,6 mil casos prováveis no ano.
O estado de São Paulo registra a maior incidência de casos por habitantes, seguido pelo Acre, Paraná, Mato Grosso e Goiás.
“Chama a atenção que 73% dos casos [de 2025] são em São Paulo, Minas Gerais e Paraná”, disse a secretária nacional de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão.
O estado de São Paulo confirmou nesta semana cinco casos autóctones (quando a contaminação ocorre no local) de dengue tipo 4 na região de Bauru, interior paulista. Um deles está em investigação. Os pacientes passam bem.
“Vamos investigar para ver o que isso significa e qual a magnitude disso”, disse a secretária.
O ministério ainda não informou quais são as 80 cidades incluídas na ação de reforço contra a dengue. A pasta disse apenas que há 14 municípios no Paraná, 3 na Bahia, 2 em Goiás, 1 no Rio Grande do Norte, 2 no Acre e 3 no Pará, além daqueles localizados em São Paulo.
A secretária Simão disse que o governo irá priorizar a entrega de vacinas aos 80 municípios mais atingidos, além de reforçar a busca ativa daqueles que ainda não se imunizaram ou precisam receber a 2ª dose.
Ela afirmou que os municípios foram selecionados pelo porte, também por apresentar alta transmissão.
Em 2024, ano da pior epidemia de dengue no Brasil, mais de 3 mil mortes foram registradas até o fim de março. No ano passado todo, foram ao menos 6.264 mortes pela arbovirose.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde autorizou os estados e o Distrito Federal a ampliar a vacinação contra a dengue. A medida estendeu a imunização a pessoas de até 59 anos de idade nos locais que têm doses perto do fim da validade.
MATEUS VARGAS / Folhapress
