RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Preso há pouco mais de dois meses sob acusações de abuso sexual, extorsão, prostituição e outros crimes, Sean “Diddy” Combs voltou a ser alvo de uma nova polêmica. O rapper é acusado de violar regras da prisão e de tentar “influenciar corruptamente o depoimento de testemunhas” enquanto cumpre pena no centro de detenção federal no Brooklyn, Nova York.
De acordo com documentos judiciais apresentados na última sexta-feira (15), Combs teria utilizado o acesso telefônico de outros detentos por meio de um “serviço de mensagens de terceiros não autorizado”. Além disso, ele teria orientado seus filhos a iniciarem uma “campanha nas redes sociais” com o objetivo de influenciar um possível júri. O julgamento do caso está agendado para o dia 5 de maio de 2025.
As novas acusações integram a documentação enviada pela Justiça aos advogados de Sean “Diddy” Combs, na qual foi negado um novo pedido de fiança sob condições de prisão domiciliar e monitoramento 24 horas. Segundo a revista People, os promotores alegam que o rapper utilizou os acessos telefônicos de colegas de prisão e orientou seus parceiros a “pagarem os detentos” por meio de aplicativos de transferência bancária e depósitos em conta.
Combs também teria realizado ligações para três pessoas, instruindo que outros indivíduos fossem incluídos nas chamadas, o que dificultaria a identificação do grupo. Essa prática é descrita como “não autorizada pelo BOP [Departamento de Prisões dos EUA]”, já que compromete a capacidade de monitorar quem está envolvido nas conversas.
Outra acusação aponta a tentativa de Diddy de “influenciar o potencial júri no processo criminal”, segundo o documento. Os promotores afirmam que um vídeo publicado pelos filhos do magnata foi estrategicamente planejado. “Sob orientação cuidadosamente selecionada do réu, os filhos do réu postaram um vídeo em suas respectivas contas de mídia social, mostrando-os reunidos para comemorar o aniversário do réu”, detalham. Além disso, Diddy é acusado de vazar anonimamente vídeos favoráveis à sua defesa.
ANA CORA LIMA / Folhapress