RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A cidade do Rio de Janeiro entrou em nível 3 de calor pela primeira vez desde que o índice de alertas foi criado, em julho. A escala feita pela prefeitura vai de 1 a 5, e cada nível representa a previsão de permanência ou aumento do índice de calor.
O nível 3, determinado às 12h40 desta quinta-feira (28), significa permanência de calor por três dias consecutivos. Até quarta, a cidade estava em nível 2 de calor.
A capital fluminense tem temperatura máxima prevista para 42°C nesta quinta, com umidade relativa do ar entre 21% e 30%.
Bairros do Rio de Janeiro e cidades da Baixada Fluminense estão sem água desde o começo da semana, afetados por dois diferentes episódios.
Há relatos de falta de água na zona sul, em bairros como Botafogo e Leme, no centro, na zona norte, em bairros como a Tijuca, e zona oeste, como em Jacarepaguá.
O abastecimento também está afetado nos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo e Queimados.
Uma manutenção anual da Cedae (Companhia de Águas e Esgotos) no sistema Guandu parou o abastecimento na terça. A previsão era normalizar em 22 horas.
Segundo a Cedae, o sistema Guandu voltou a operar com 100% da capacidade na manhã desta quinta, mas a normalização do abastecimento depende das concessionárias Águas do Rio, Iguá Rio+Saneamento.
Desde 2021, ano da até então maior concessão de serviços de água e esgoto do Brasil, as concessionárias são responsáveis pelo tratamento e distribuição da água, e a Cedae faz a operação dos sistemas.
Além da manutenção anual, uma adutora se rompeu em Rocha Miranda, na zona norte, na terça. O rompimento causou a morte de uma mulher 80 anos, causou estragos nas casas da rua e afetou o abastecimento em diferentes bairros da zona norte.
A concessionária Águas do Rio, responsável pela distribuição em partes da capital fluminense, afirma ter concluído o reparo da adutora na noite desta quarta. Mas há bairros ainda sem água.
“O prazo para essa regularização é de 72 horas, podendo ser maior nas áreas elevadas, nas pontas das redes de distribuição e nos locais onde forem registradas ocorrências neste período”, afirma a concessionária, em nota.
A Águas do Rio investiga o rompimento da adutora, mas diretores mencionam a idade do sistema como uma das causas. A canalização de concreto é de 1949.
YURI EIRAS / Folhapress