ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) – Faltando dois meses e meio para começar, o Campeonato Paulista de 2024 ainda tem uma situação bem indefinida na TV aberta. A Record, que tem os direitos exclusivos de transmissão até 2025, não tem narradores, comentaristas ou repórteres definidos. A emissora, porém, não pretende abrir mão do torneio.
Pelo acordo com a FPF (Federação Paulista de Futebol) e com a empresa Livemode, que negocia os direitos do torneio, a Record tem a obrigação de exibir as rodadas do estadual até o ano que vem. Para 2025, se a emissora assim desejasse, ela poderia abrir mão do evento, já que uma cláusula contratual prevê que, a partir desse ano, o pagamento de multa seja dispensado.
Mesmo que atualmente esteja sem equipe de esportes, a Record não tem esse interesse em usar esse recurso e já manifestou desejo até mesmo de renovar o acordo a partir de 2026. Interessado no campeonato, o SBT monitora a situação do Paulistão para o caso de que haja alguma mudança de ideia por parte da concorrente.
Ocorre que, no mercado publicitário e em alguns setores da própria Record, existe um medo em relação à cobertura de 2024. Até agora, a emissora apresentou apenas o plano de partidas e número de jogos para as empresas interessadas em patrocinar o torneio. Porém, a emissora não responde quem fará a transmissão.
A apresentadora Mylena Ciribelli é a única da equipe de esportes que não foi demitida em cortes realizados em julho. A intenção da emissora de Edir Macedo era ter Cléber Machado no comando dos jogos, como aconteceu nas finais deste ano, mas ele aceitou um convite fixo do SBT em setembro.
Para tentar achar nomes atrativos, a Record tem monitorado e pedido indicações ao mercado para achar nomes interessantes, inclusive de ex-jogadores. Todos os contratos serão feitos “por obra”, durando apenas entre janeiro e abril de 2024, período em que o Paulistão vai acontecer. O objetivo é fechar a equipe até o início de dezembro.
Procurada desde a semana passada pelo site F5, a Record não comentou o assunto até a publicação deste texto.
GABRIEL VAQUER / Folhapress