Sem precisar, ‘The Last of Us Part 2’ melhora o que já era bom

FOLHAPRESS – A versão remasterizada de “The Last of Us Part 2” melhora o que já era bom. Com gráficos aprimorados, um novo modo de jogo “roguelike” e conteúdos extras, o game atualiza e expande o clássico do PlayStation 4. Não que isso fosse necessário.

A nova versão do game, exclusiva para o PlayStation 5, tem lançamento previsto para a próxima sexta-feira (19), só três anos e meio depois de o jogo original ter chegado ao antigo console da Sony.

Esse curto intervalo entre as duas versões —e o fato de “The Last of Us Part 2” ser um dos jogos mais bonitos do PlayStation 4— faz com que as mudanças visuais sejam pouco perceptíveis. Lado a lado, o jogador pode até notar alguma diferença nas imagens, mas nada que mude significativamente a experiência.

Da mesma forma, os efeitos táteis aprimorados para o controle DualSense são uma adição positiva, mas que pouco agregam. É possível sentir, por exemplo, as gotas de chuva caindo sobre as protagonistas, detalhe que em muitos momentos acaba passando despercebido —e olha que esse é um dos efeitos mais notáveis.

A maior novidade do título é, sem dúvida, o modo “sem Volta”. Recomendado para ser jogado após o fim da campanha principal, ele desafia o jogador a vencer uma série de encontros contra inimigos em cenários aleatórios. Ao longo dos encontros, é possível melhorar suas armas e habilidades, mas, se o jogador for vencido, tem de começar tudo de novo.

Quanto mais for jogado, mais recursos são liberados. Completando alguns desafios, o jogador desbloqueia novos personagens com habilidades iniciais únicas, “skins” para armas e modificadores para as fases —compostas por áreas limitadas do mapa da campanha.

Após desbloquear tudo, ainda é possível tentar melhorar sua pontuação, o que ajuda a estender quase que indefinidamente a vida útil do jogo. Ainda assim, o novo modo não traz nada de novo para o grande destaque de “The Last of Us Part 2” —a história.

O enredo do jogo é idêntico. Os trechos de jogabilidade inéditos são três áreas cortadas da versão final do game, apresentadas ainda em estágio de desenvolvimento com comentários dos criadores. Esses trechos, ainda que sejam interessantes para mostrar um pouco dos bastidores e das dificuldades enfrentadas ao fazer um game como “The Last of Us”, não trazem novos aspectos para a história de Ellie, Joel e Abby.

Nesse aspecto, as adições da versão remasterizada de “The Last of Us Part 2” ficam muito atrás, por exemplo, da expansão “Left Behind”, para o primeiro jogo da série —que mostrava detalhes da vida de Ellie antes de encontrar Joel.

Fica aquém ainda do que os desenvolvedores de “God of War Ragnarök” fizeram com a expansão gratuita “Valhalla”, que também adiciona um modo “roguelike” ao título do Santa Monica Studio, mas de uma forma que complementa a história da campanha principal.

Por tudo isso, “The Last of Us Part 2 Remastered” é sem dúvida a melhor versão do game disponível, mas que será mais aproveitada por aficionados pela franquia —que vão se deliciar com os detalhes dos bastidores— e por novos fãs, que tiveram o primeiro contato com Joel e Ellie, por exemplo, assistindo à série da HBO baseada no game.

O repórter recebeu da PlayStation uma cópia do jogo com acesso antecipado para teste.

THE LAST OF US PART 2 REMASTERED

Avaliação Muito bom

Quando Lançamento em 19 de janeiro

Onde PlayStation 5

Preço R$ 249,50 (R$ 50 para upgrade da versão original)

Classificação 18 anos

Desenvolvedor Naughty Dog

TIAGO RIBAS / Folhapress

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